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21/10/2004
-
09h34
da Folha de S.Paulo
O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) foi interrogado ontem na Justiça Eleitoral de São Paulo, que apura se ele cometeu crime de injúria quando chamou o candidato tucano à prefeitura paulistana, José Serra, de "vampiro da baixaria" --a pena é seis meses de detenção ou multa.
A expressão fazia parte de uma série de ataques lançada por Maluf contra Serra ainda no primeiro turno da campanha pela Prefeitura de São Paulo. Maluf ficou em terceiro lugar na disputa.
"Lamento que o Ministério Público, não como um todo, mas dois promotores, se transforme em comitê eleitoral do candidato Serra. (...) Lamento que Serra se torne agora o vampiro da baixaria", disse o ex-prefeito em entrevista para uma emissora de TV.
Ontem, Maluf disse que não se lembrava de ter usado a expressão. "Essas coisas são ditas por pessoas que não querem ofender ninguém", disse Maluf.
Durante o interrogatório, o ex-prefeito apresentou cópias de artigos escritos por José Simão para a Folha. Nos textos, Simão usa expressões como "vampiro brasileiro" para se referir a Serra.
"O que eu quero dizer é que o José Simão não teve nenhum interesse em ofender o Serra, como eu também não tive interesse em ofender o Serra. Eu só lastimo que haja dois pesos e duas medidas", afirmou Maluf.
Antes de uma decisão, o tribunal irá ouvir Serra sobre a declaração do ex-prefeito.
"Auto-explicativa"
O ex-prefeito evitou comentar ontem o fato de a Justiça Federal ter aberto uma ação contra ele por crime de evasão de divisas. Também não falou sobre o pedido feito pelo Ministério Público de São Paulo para que os Maluf paguem R$ 5 bilhões aos cofres paulistanos --por suposto desvio de dinheiro público e remessa ilegal para o exterior.
Segundo cálculos do Ministério Público, a família do ex-prefeito movimentou pelo menos US$ 446.322.625,79 na Suíça.
"A nota do meu assessor Adilson Laranjeira é completa e bastante explicativa", disse Maluf, que, em seguida, passou a reclamar do que chamou de falta de espaço para sua defesa na mídia.
Na nota, Laranjeira afirmou que, com o caso na Justiça, os advogados de Maluf poderão conhecer o processo e provar a inocência do ex-prefeito, que nega possuir contas fora do Brasil.
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Maluf depõe por chamar Serra de "vampiro da baixaria"
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A expressão fazia parte de uma série de ataques lançada por Maluf contra Serra ainda no primeiro turno da campanha pela Prefeitura de São Paulo. Maluf ficou em terceiro lugar na disputa.
"Lamento que o Ministério Público, não como um todo, mas dois promotores, se transforme em comitê eleitoral do candidato Serra. (...) Lamento que Serra se torne agora o vampiro da baixaria", disse o ex-prefeito em entrevista para uma emissora de TV.
Ontem, Maluf disse que não se lembrava de ter usado a expressão. "Essas coisas são ditas por pessoas que não querem ofender ninguém", disse Maluf.
Durante o interrogatório, o ex-prefeito apresentou cópias de artigos escritos por José Simão para a Folha. Nos textos, Simão usa expressões como "vampiro brasileiro" para se referir a Serra.
"O que eu quero dizer é que o José Simão não teve nenhum interesse em ofender o Serra, como eu também não tive interesse em ofender o Serra. Eu só lastimo que haja dois pesos e duas medidas", afirmou Maluf.
Antes de uma decisão, o tribunal irá ouvir Serra sobre a declaração do ex-prefeito.
"Auto-explicativa"
O ex-prefeito evitou comentar ontem o fato de a Justiça Federal ter aberto uma ação contra ele por crime de evasão de divisas. Também não falou sobre o pedido feito pelo Ministério Público de São Paulo para que os Maluf paguem R$ 5 bilhões aos cofres paulistanos --por suposto desvio de dinheiro público e remessa ilegal para o exterior.
Segundo cálculos do Ministério Público, a família do ex-prefeito movimentou pelo menos US$ 446.322.625,79 na Suíça.
"A nota do meu assessor Adilson Laranjeira é completa e bastante explicativa", disse Maluf, que, em seguida, passou a reclamar do que chamou de falta de espaço para sua defesa na mídia.
Na nota, Laranjeira afirmou que, com o caso na Justiça, os advogados de Maluf poderão conhecer o processo e provar a inocência do ex-prefeito, que nega possuir contas fora do Brasil.
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