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23/10/2004 - 14h32

Licenciada, Marta é elogiada em evento inaugurado por Lula

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Mesmo licenciada, a prefeita Marta Suplicy (PT) foi elogiada hoje pelo secretário municipal da Cultura, Celso Frateschi, na inauguração do Museu Afro-Brasil, em São Paulo. Marta se licenciou do cargo para se dedicar integralmente à segunda fase da campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo.

Marta não poderia participar da inauguração do museu mesmo que não estivesse licenciada. Por ser candidata à reeleição, ela é proibida de participar de inaugurações de obras públicas durante a campanha. Por isso, o museu foi inaugurado pelo prefeito em exercício, Hélio Bicudo e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas nada disso impediu Frateschi de lembrar a importância de Marta para a inauguração do museu. "A prefeita Marta, que com sua sensibilidade política, criou condições para que esse museu fosse realizado. A prefeita fez questão que o Museu Afro-Brasil ocupasse um dos lugares mais importantes da nossa cidade. E fez isso por uma opção política e cultural", disse ele durante a inauguração.

Frateschi também elogiou a política cultural da administração de Marta Suplicy. "A partir de hoje a questão afro ganha o coração da nossa cidade. Não se trata de uma ação isolada. O museu está organicamente ligado a um conjunto de ações que o governo Marta vem desenvolvendo na área cultural."

O presidente Lula não falou sobre política durante a inauguração do museu. Ele foi multado em R$ 50 mil pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por ter pedido votos no mês passado para Marta Suplicy (PT) em discurso na cerimônia de inauguração do novo trecho da avenida Radial Leste, em São Paulo.

Na ocasião, ele disse que "dia 3 de outubro é votar na Marta Suplicy para continuar administrando a cidade". A fala do presidente foi utilizada na campanha do PT na TV.

De acordo com José Roberto Pacheco di Francesco, relator do processo, "enquanto agente público, o presidente da República não poderia ter utilizado a inauguração de uma obra, custeada pelo erário público, para fazer campanha eleitoral"

A AGU (Advocacia-Geral da União) informou que recorrerá da decisão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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