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25/10/2004
-
20h46
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
A candidata do PT à Prefeitura de Fortaleza, Luizianne Lins, recebeu hoje a declaração de apoio do deputado federal Inácio Arruda (PC do B), que, no primeiro turno da disputa, foi o pivô do racha no PT do Ceará que a deixou sem o respaldo da cúpula do próprio partido.
Terceiro colocado na eleição, o deputado atrasou ao máximo o anúncio de seu voto no segundo turno, por causa da própria derrota inesperada, mas ontem afirmou que vai entrar na campanha da petista "de corpo e alma". "O que imaginamos fazer pelas mãos do Inácio, vamos agora passar para as mãos da Luizianne", disse.
No primeiro turno, parte da cúpula nacional do PT e do governo federal abandonaram a candidata do próprio partido para ficar com Inácio, que era então considerado o favorito na disputa.
Parafraseando os movimentos que marcaram a divisão do partido, "Sou PT, voto Inácio" e "Sou Lula, voto Inácio", os apoiadores do ex-candidato lançaram um novo adesivo, "Sou Inácio, voto Luizianne".
Com a perspectiva de vitória, já que aparece nas pesquisas de intenção de voto com vantagem sobre seu adversário, Moroni Torgan (PFL), a petista amenizou o discurso de que queria apenas apoios incondicionais e ontem falou que precisa dos novos partidos aliados para governar Fortaleza, caso seja eleita.
A rede de apoios a Luizianne passou a agregar, neste segundo turno, nove partidos das mais diversas correntes ideológicas, além de políticos de outras siglas que liberaram seus filiados.
"Antes, eu não tinha o apoio de ninguém", disse a petista. "Temos consciência de que sozinhos não administramos nada", afirmou, em tom ameno.
Segundo ela, a base de seu projeto político não será mexida, apenas serão acrescidas boas idéias e gente para executá-las, sem a garantia de cargos a ninguém.
De amanhã até quinta-feira, os candidatos passam por uma maratona de três debates transmitidos por veículos de comunicação (dois na TV e um no rádio) e se preparam para a troca de agressões que marcou todo o segundo turno. Como estratégia, Luizianne só deverá atacar se for atacada.
Ontem à noite, houve o primeiro debate televisionado desta reta final, marcado por insinuações, como a feita por Moroni sobre a família de Luizianne (os pais dela são separados e ela mesma não mora com o marido, com quem tem um filho) e sobre sua ideologia marxista. A petista, por sua vez, retribuiu ao chamá-lo de mórmon, nome dado aos integrantes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, rejeitada por alguns grupos evangélicos. O pefelista respondeu dizendo que é cristão.
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Luizianne recebe apoio de Inácio Arruda em Fortaleza
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da Agência Folha, em Fortaleza
A candidata do PT à Prefeitura de Fortaleza, Luizianne Lins, recebeu hoje a declaração de apoio do deputado federal Inácio Arruda (PC do B), que, no primeiro turno da disputa, foi o pivô do racha no PT do Ceará que a deixou sem o respaldo da cúpula do próprio partido.
Terceiro colocado na eleição, o deputado atrasou ao máximo o anúncio de seu voto no segundo turno, por causa da própria derrota inesperada, mas ontem afirmou que vai entrar na campanha da petista "de corpo e alma". "O que imaginamos fazer pelas mãos do Inácio, vamos agora passar para as mãos da Luizianne", disse.
No primeiro turno, parte da cúpula nacional do PT e do governo federal abandonaram a candidata do próprio partido para ficar com Inácio, que era então considerado o favorito na disputa.
Parafraseando os movimentos que marcaram a divisão do partido, "Sou PT, voto Inácio" e "Sou Lula, voto Inácio", os apoiadores do ex-candidato lançaram um novo adesivo, "Sou Inácio, voto Luizianne".
Com a perspectiva de vitória, já que aparece nas pesquisas de intenção de voto com vantagem sobre seu adversário, Moroni Torgan (PFL), a petista amenizou o discurso de que queria apenas apoios incondicionais e ontem falou que precisa dos novos partidos aliados para governar Fortaleza, caso seja eleita.
A rede de apoios a Luizianne passou a agregar, neste segundo turno, nove partidos das mais diversas correntes ideológicas, além de políticos de outras siglas que liberaram seus filiados.
"Antes, eu não tinha o apoio de ninguém", disse a petista. "Temos consciência de que sozinhos não administramos nada", afirmou, em tom ameno.
Segundo ela, a base de seu projeto político não será mexida, apenas serão acrescidas boas idéias e gente para executá-las, sem a garantia de cargos a ninguém.
De amanhã até quinta-feira, os candidatos passam por uma maratona de três debates transmitidos por veículos de comunicação (dois na TV e um no rádio) e se preparam para a troca de agressões que marcou todo o segundo turno. Como estratégia, Luizianne só deverá atacar se for atacada.
Ontem à noite, houve o primeiro debate televisionado desta reta final, marcado por insinuações, como a feita por Moroni sobre a família de Luizianne (os pais dela são separados e ela mesma não mora com o marido, com quem tem um filho) e sobre sua ideologia marxista. A petista, por sua vez, retribuiu ao chamá-lo de mórmon, nome dado aos integrantes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, rejeitada por alguns grupos evangélicos. O pefelista respondeu dizendo que é cristão.
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