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25/10/2004 - 21h57

Requião tem quatro dias para tentar reverter quadro em Curitiba

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MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), terá apenas quatro dias de corpo-a-corpo na licença para tentar uma virada em Curitiba que leve à vitória de seu candidato, Ângelo Vanhoni (PT), à prefeitura da cidade.

Requião deixa o cargo às 15h de amanhã para dedicar tempo integral à campanha. A agenda para hoje só prevê sua participação em um comício à noite, atividade de que ele poderia participar normalmente, por ocorrer fora do expediente normal de trabalho.

O candidato do PSDB, Beto Richa, lidera nas duas pesquisas com divulgação liberada. A diferença a favor do tucano é de oito pontos (49% a 41%), segundo amostragem do Ibope divulgada sexta-feira. Richa venceu o primeiro turno com vantagem de quatro pontos percentuais.

No final da semana passada, Requião decidiu se licenciar do cargo para motivar os apoiadores da candidatura do PT a uma virada. O PMDB indicou o vice na aliança, que inclui o PTB. Como o corpo-a-corpo o dia inteiro só começa amanhã, o governador tem, portanto, 96 horas para tentar reverter a tendência de vitória do tucano.

A campanha de rua termina no sábado. Vanhoni disse hoje que o governador "é o maior eleitor hoje em Curitiba" e que terá um papel decisivo na reta final do segundo turno. "Vai ser um apoio importante para consolidarmos a virada e garantirmos a vitória no domingo", disse.

O candidato adversário reagiu à notícia da licença afirmando que ela não afetará sua campanha.

"Acho que agora [com Requião fora do governo] vai ser até melhor porque ele vai deixar de usar tanto a estrutura pública e de abusar da sua autoridade de governador. Vai se tornar um cidadão comum, agindo até com ética ao pedir votos para seu candidato", disse.

Richa afirma que a licença de Requião não fará diferença. "Ele sempre esteve no dia-a-dia da campanha do nosso adversário, andando de helicóptero em horário de expediente", disse.

O secretário de Governo, Daniel Godoi Júnior (que é petista), negou uso da máquina estadual e disse que Richa deveria ter seguido o exemplo de Vanhoni (que se licenciou do mandato de deputado estadual no primeiro turno) e de Requião e deixado o cargo e o salário de vice-prefeito. "O Beto está recebendo salário, mas só está fazendo campanha 24 horas por dia."

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