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26/10/2004
-
20h13
MARIANA CAMPOS
da Agência Folha, em Santos
Duas peças publicitárias veiculadas na campanha à Prefeitura de Santos (SP) do candidato João Paulo Tavares Papa (PMDB) motivaram o PT a entrar na Justiça pedindo direito de resposta. As propagandas fazem alusão a uma suposta invasão de petistas, vindos de outras cidades do país nas quais o PT perdeu as eleições, que viriam "tirar" o emprego dos santistas.
Para disputa o segundo turno em Santos com a petista Telma de Souza. A disputa entre os dois partidos sobre esta questão é mais antiga. Na corrida eleitoral de 1992, o então candidato peemedebista Oswaldo Justo comparou os petistas de outras cidades a "gafanhotos", que seriam empregados na prefeitura caso o candidato petista naquela ocasião, David Capistrano Filho, fosse eleito.
De acordo com a advogada da coligação encabeçada pelo PT, Gislaine Magalhães, o primeiro pedido de direito de resposta foi negado em primeira instância, mas ela já recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral.
O pedido refere-se a uma propaganda em que o prefeito Beto Mansur (PP), que apóia Papa, aparece mostrando a revista "Veja São Paulo" e afirma que, segundo a revista, a petista Marta Suplicy (que disputa a reeleição em São Paulo) contratou 8.000 funcionários sem concurso na prefeitura.
Na propaganda, Mansur afirma também que "se a Marta perde a eleição, ficam todos desempregados", e completa: "Imaginem se o PT ganha em Santos. Vem todo mundo para cá, tomar o emprego dos santistas".
Já na segunda propaganda, um ator contratado pela coligação encabeçada pelo PMDB afirma que "o PT perdeu eleições em muitas cidades do país", muitas perto de Santos. Segundo a propaganda, ao menos 5.000 pessoas em cargos de confiança ficariam sem emprego. "Se somarmos aos 8.000 de São Paulo [...] esse número passa de 13 mil", afirma o ator. Neste momento, o desenho de um inseto passa voando e pousa no ombro do ator, que dá um peteleco e afirma: "Coisa chata".
De acordo com o advogado da coligação de Papa, Tabajara Zuniga, a palavra "gafanhoto" não foi mencionada e o desenho do inseto é apenas a alusão de alguma coisa que incomoda. "Essa reprodução da reportagem foi entendida pelo juiz eleitoral como uma crítica que faz parte do debate político. Eles [o PT] têm que agüentar o ônus de terem administrado a cidade e terem cometidos uma série de erros, dos quais trazer quadro de fora", afirmou Zuniga.
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Propaganda do PMDB diz que haverá invasão de petistas em Santos
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da Agência Folha, em Santos
Duas peças publicitárias veiculadas na campanha à Prefeitura de Santos (SP) do candidato João Paulo Tavares Papa (PMDB) motivaram o PT a entrar na Justiça pedindo direito de resposta. As propagandas fazem alusão a uma suposta invasão de petistas, vindos de outras cidades do país nas quais o PT perdeu as eleições, que viriam "tirar" o emprego dos santistas.
Para disputa o segundo turno em Santos com a petista Telma de Souza. A disputa entre os dois partidos sobre esta questão é mais antiga. Na corrida eleitoral de 1992, o então candidato peemedebista Oswaldo Justo comparou os petistas de outras cidades a "gafanhotos", que seriam empregados na prefeitura caso o candidato petista naquela ocasião, David Capistrano Filho, fosse eleito.
De acordo com a advogada da coligação encabeçada pelo PT, Gislaine Magalhães, o primeiro pedido de direito de resposta foi negado em primeira instância, mas ela já recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral.
O pedido refere-se a uma propaganda em que o prefeito Beto Mansur (PP), que apóia Papa, aparece mostrando a revista "Veja São Paulo" e afirma que, segundo a revista, a petista Marta Suplicy (que disputa a reeleição em São Paulo) contratou 8.000 funcionários sem concurso na prefeitura.
Na propaganda, Mansur afirma também que "se a Marta perde a eleição, ficam todos desempregados", e completa: "Imaginem se o PT ganha em Santos. Vem todo mundo para cá, tomar o emprego dos santistas".
Já na segunda propaganda, um ator contratado pela coligação encabeçada pelo PMDB afirma que "o PT perdeu eleições em muitas cidades do país", muitas perto de Santos. Segundo a propaganda, ao menos 5.000 pessoas em cargos de confiança ficariam sem emprego. "Se somarmos aos 8.000 de São Paulo [...] esse número passa de 13 mil", afirma o ator. Neste momento, o desenho de um inseto passa voando e pousa no ombro do ator, que dá um peteleco e afirma: "Coisa chata".
De acordo com o advogado da coligação de Papa, Tabajara Zuniga, a palavra "gafanhoto" não foi mencionada e o desenho do inseto é apenas a alusão de alguma coisa que incomoda. "Essa reprodução da reportagem foi entendida pelo juiz eleitoral como uma crítica que faz parte do debate político. Eles [o PT] têm que agüentar o ônus de terem administrado a cidade e terem cometidos uma série de erros, dos quais trazer quadro de fora", afirmou Zuniga.
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