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28/10/2004
-
20h27
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cuiabá (MT)
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse hoje em Cuiabá (MT) que José Serra, candidato a prefeito de São Paulo, se recusou a fazer baixaria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando os dois disputaram a Presidência em 2002, "mesmo sabendo que iria perder" as eleições.
Virgílio fez a declaração após o candidato do PT a prefeito de Cuiabá, Alexandre Cesar, ter exibido em seu programa eleitoral na TV um vídeo no qual o tucano Wilson Santos, também candidato à prefeitura, aparece fazendo elogios ao ex-policial civil João Arcanjo, condenado a 37 anos de prisão em 2003 por comandar o crime organizado em Mato Grosso e por sonegar cerca de R$ 1 bilhão.
"Não faltou gente que aconselhasse baixaria, mas o Serra disse: 'Não faço'. 'Ah, então você vai perder', diziam. 'Vou perder então', dizia Serra", afirmou Virgílio.
"Inclusive [Serra] mandou tranqüilizar o Lula por intermédio do deputado Sigmaringa Seixas [PT]. Ele disse que a eleição seria no voto", acrescentou o senador.
Sem explicar que tipo de baixaria foi proposto a Serra, Virgílio disse que não era um "ato verdadeiro". Segundo ele, "não falta na campanha um marqueteiro do mal" para propor baixarias.
Na fita divulgada por Cesar, Santos --então deputado estadual-- aparece em solenidade da Assembléia Legislativa em maio de 1998 chamando Arcanjo de "modelo" a ser seguido. O tucano também defende, na gravação, a legalização do jogo do bicho, que era comandado por Arcanjo em Mato Grosso.
Hoje, ao lado de Virgílio, Santos afirmou que não tem ligação com o crime organizado. Segundo ele, em 1998 não havia acusações contra Arcanjo.
Arcanjo está preso desde abril de 2003 no Uruguai por uso de documento falso. O governo brasileiro negocia sua extradição. O "comendador", como era conhecido, também é acusado de financiar campanha do PSDB. O partido nega. Não há acusações contra Santos.
Virgílio diz que Serra recusou baixaria contra Lula "sabendo que iria perder"
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da Agência Folha, em Cuiabá (MT)
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse hoje em Cuiabá (MT) que José Serra, candidato a prefeito de São Paulo, se recusou a fazer baixaria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando os dois disputaram a Presidência em 2002, "mesmo sabendo que iria perder" as eleições.
Virgílio fez a declaração após o candidato do PT a prefeito de Cuiabá, Alexandre Cesar, ter exibido em seu programa eleitoral na TV um vídeo no qual o tucano Wilson Santos, também candidato à prefeitura, aparece fazendo elogios ao ex-policial civil João Arcanjo, condenado a 37 anos de prisão em 2003 por comandar o crime organizado em Mato Grosso e por sonegar cerca de R$ 1 bilhão.
"Não faltou gente que aconselhasse baixaria, mas o Serra disse: 'Não faço'. 'Ah, então você vai perder', diziam. 'Vou perder então', dizia Serra", afirmou Virgílio.
"Inclusive [Serra] mandou tranqüilizar o Lula por intermédio do deputado Sigmaringa Seixas [PT]. Ele disse que a eleição seria no voto", acrescentou o senador.
Sem explicar que tipo de baixaria foi proposto a Serra, Virgílio disse que não era um "ato verdadeiro". Segundo ele, "não falta na campanha um marqueteiro do mal" para propor baixarias.
Na fita divulgada por Cesar, Santos --então deputado estadual-- aparece em solenidade da Assembléia Legislativa em maio de 1998 chamando Arcanjo de "modelo" a ser seguido. O tucano também defende, na gravação, a legalização do jogo do bicho, que era comandado por Arcanjo em Mato Grosso.
Hoje, ao lado de Virgílio, Santos afirmou que não tem ligação com o crime organizado. Segundo ele, em 1998 não havia acusações contra Arcanjo.
Arcanjo está preso desde abril de 2003 no Uruguai por uso de documento falso. O governo brasileiro negocia sua extradição. O "comendador", como era conhecido, também é acusado de financiar campanha do PSDB. O partido nega. Não há acusações contra Santos.
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