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09/11/2004
-
09h43
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Prometendo voltar a liberar emendas parlamentares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoça hoje com líderes partidários e deputados governistas para selar um acordo a fim de retomar as votações no Congresso.
As votações ficaram praticamente paralisadas durante as eleições municipais. Na Câmara, 21 medidas provisórias trancam a pauta de votações por não terem sido analisadas no tempo regimental previsto.
Um ministro disse à Folha que o presidente afirmará que a liberação de emendas voltará ao ritmo normal --pagamentos foram suspensos por da eleição. Isso deverá acalmar as bancadas aliadas, principalmente as dos indóceis PMDB e PTB.
O acordo deverá passar pelo compromisso dos aliados de rejeitar o projeto que criaria o Conselho Federal de Jornalismo --articulação do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP).
João Paulo tentará ainda encontrar uma forma de reapresentar a emenda constitucional que permitiria a reeleição dele e do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). As resistências são enormes, e Lula ainda está dividido. O presidente teme rachar ainda mais o PMDB se insistir no tema. Motivo: o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), é contra a reeleição e quer o cargo.
Com 76 deputados e dois ministros, o PMDB está em crise com o governo. Segundo sua liderança na Câmara, até hoje o Executivo pagou apenas 9% dos R$ 189 milhões previstos para emendas de peemedebistas neste ano.
Um ministro diz que o presidente deverá "segurar" o PMDB pelas bancadas. Daí a liberação de verba e o "cuidado" com Renan. Amanhã, a Executiva Nacional da sigla se reunirá com seus congressistas e governadores --os últimos exigiram a saída do governo.
Além do almoço hoje com Lula, estava previsto para ocorrer ontem à noite um jantar entre os líderes de oposição e de situação na Câmara. Os compromissos aconteceriam na casa de João Paulo.
"Há problemas das eleições, mas são residuais. Precisamos discutir o conjunto das reivindicações que os partidos e líderes têm feito e o governo não tem atendido", disse o presidente da Câmara.
Além das emendas, a oposição exige algumas compensações como forma de aceitar o acordo para as votações --apesar de serem minoria, PFL e PSDB têm o poder de usar mecanismos regimentais para atrasar bastante as votações.
Uma dessas exigências é a rejeição do CFJ, proposta enviada pelo governo ao Congresso.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre emendas parlamentares
Por votações, Lula promete verba a líderes
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Prometendo voltar a liberar emendas parlamentares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoça hoje com líderes partidários e deputados governistas para selar um acordo a fim de retomar as votações no Congresso.
As votações ficaram praticamente paralisadas durante as eleições municipais. Na Câmara, 21 medidas provisórias trancam a pauta de votações por não terem sido analisadas no tempo regimental previsto.
Um ministro disse à Folha que o presidente afirmará que a liberação de emendas voltará ao ritmo normal --pagamentos foram suspensos por da eleição. Isso deverá acalmar as bancadas aliadas, principalmente as dos indóceis PMDB e PTB.
O acordo deverá passar pelo compromisso dos aliados de rejeitar o projeto que criaria o Conselho Federal de Jornalismo --articulação do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP).
João Paulo tentará ainda encontrar uma forma de reapresentar a emenda constitucional que permitiria a reeleição dele e do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). As resistências são enormes, e Lula ainda está dividido. O presidente teme rachar ainda mais o PMDB se insistir no tema. Motivo: o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), é contra a reeleição e quer o cargo.
Com 76 deputados e dois ministros, o PMDB está em crise com o governo. Segundo sua liderança na Câmara, até hoje o Executivo pagou apenas 9% dos R$ 189 milhões previstos para emendas de peemedebistas neste ano.
Um ministro diz que o presidente deverá "segurar" o PMDB pelas bancadas. Daí a liberação de verba e o "cuidado" com Renan. Amanhã, a Executiva Nacional da sigla se reunirá com seus congressistas e governadores --os últimos exigiram a saída do governo.
Além do almoço hoje com Lula, estava previsto para ocorrer ontem à noite um jantar entre os líderes de oposição e de situação na Câmara. Os compromissos aconteceriam na casa de João Paulo.
"Há problemas das eleições, mas são residuais. Precisamos discutir o conjunto das reivindicações que os partidos e líderes têm feito e o governo não tem atendido", disse o presidente da Câmara.
Além das emendas, a oposição exige algumas compensações como forma de aceitar o acordo para as votações --apesar de serem minoria, PFL e PSDB têm o poder de usar mecanismos regimentais para atrasar bastante as votações.
Uma dessas exigências é a rejeição do CFJ, proposta enviada pelo governo ao Congresso.
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