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19/11/2004
-
15h30
da Folha Online
O julgamento sobre o massacre de Eldorado do Carajás, uma ação da Polícia Militar que deixou 19 sem-terra mortos em um desbloqueio de rodovia em 1996, no Estado do Pará, só deve terminar no início da noite desta sexta-feira.
Nos dois julgamento anteriores, apenas os comandantes da operação, o coronel Mário Colares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira, foram condenados --receberam pena de 228 e 158 anos, respectivamente. Eles estão em liberdade, esperando o julgamento de recursos.
O julgamento de hoje foi motivado por recursos de ambas as partes. Os advogados do MST e o Ministério Público querem que os 145 policiais que participaram da ação sejam condenados. Os dois já condenados querem que as penas sejam revistas.
Ação
O massacre aconteceu no dia 17 de abril de 1996, quando o então governador do Pará, Almir Gabriel (PSDB), ordenou que dois batalhões da PM realizassem uma ação para desobstruir trecho da rodovia PA-150. O local havia sido tomado no dia anterior por cerca de 1.100 sem-terra, que marchariam até Belém (distante 768 km).
Os dois grupos entraram em confronto e o saldo foi a morte de 19 sem-terra. Outros 69 sem-terra e 12 policiais ficaram feridos. Exames nos corpos mostraram que eles haviam sido mortos com tiros à queima-roupa ou com golpes de machado e facão.
A defesa dos soldados acusados de participar das mortes alega que os tiros foram disparados para o alto. Segundo a defesa, é impossível apontar quais soldados teriam matado os 19 sem-terra.
Abaixo-assinado
Deputados que integram uma ala esquerdista do Parlamento Europeu enviaram ao TJ do Pará um abaixo-assinado no qual pedem o "fim da impunidade" ao massacre de Eldorado do Carajás. O documento é assinado por 18 parlamentares de dez países.
Com informações da Agência Folha
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Justiça do Pará inicia 3º julgamento sobre mortes de sem-terra em Carajás
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Julgamento sobre massacre em Carajás deve terminar à noite
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O julgamento sobre o massacre de Eldorado do Carajás, uma ação da Polícia Militar que deixou 19 sem-terra mortos em um desbloqueio de rodovia em 1996, no Estado do Pará, só deve terminar no início da noite desta sexta-feira.
Nos dois julgamento anteriores, apenas os comandantes da operação, o coronel Mário Colares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira, foram condenados --receberam pena de 228 e 158 anos, respectivamente. Eles estão em liberdade, esperando o julgamento de recursos.
O julgamento de hoje foi motivado por recursos de ambas as partes. Os advogados do MST e o Ministério Público querem que os 145 policiais que participaram da ação sejam condenados. Os dois já condenados querem que as penas sejam revistas.
Ação
O massacre aconteceu no dia 17 de abril de 1996, quando o então governador do Pará, Almir Gabriel (PSDB), ordenou que dois batalhões da PM realizassem uma ação para desobstruir trecho da rodovia PA-150. O local havia sido tomado no dia anterior por cerca de 1.100 sem-terra, que marchariam até Belém (distante 768 km).
Os dois grupos entraram em confronto e o saldo foi a morte de 19 sem-terra. Outros 69 sem-terra e 12 policiais ficaram feridos. Exames nos corpos mostraram que eles haviam sido mortos com tiros à queima-roupa ou com golpes de machado e facão.
A defesa dos soldados acusados de participar das mortes alega que os tiros foram disparados para o alto. Segundo a defesa, é impossível apontar quais soldados teriam matado os 19 sem-terra.
Abaixo-assinado
Deputados que integram uma ala esquerdista do Parlamento Europeu enviaram ao TJ do Pará um abaixo-assinado no qual pedem o "fim da impunidade" ao massacre de Eldorado do Carajás. O documento é assinado por 18 parlamentares de dez países.
Com informações da Agência Folha
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