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Vídeo mostra empresário dividindo propina para integrantes do governo do DF, diz TV
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da Folha Online
Um dos vídeos gravados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa mostra o empresário Gilberto Lucena dividindo dinheiro de propina para integrantes do governo do Distrito Federal, informou nesta segunda-feira reportagem do "Jornal Nacional", da TV Globo.
Lucena é proprietário da Linknet, uma das empresas investigadas no suposto esquema de pagamento de propinas a parlamentares da base aliada na Câmara Legislativa. O dinheiro da propina viria de empresas que prestam serviços ao governo do DF.
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Vídeo mostra governador do DF recebendo dinheiro
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No vídeo mostrado pela reportagem, Barbosa e Lucena discutem a divisão do dinheiro. Em um dos trechos, o empresário diz que vai descontar a parte paga adiantada para o secretário de Planejamento, Ricardo Penna.
Em outra parte, o empresário pergunta qual vai ser a parte do vice-governador, Paulo Octávio (DEM). O ex-secretário responde que é de 30%.
Segundo investigações da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, Octávio é apontado como beneficiário do suposto esquema por ser proprietário da construtora Conbral --acusada de repassar dinheiro para os envolvidos.
Lucena é suspeito de ter encaminhado R$ 34 mil a Barbosa após ter seu "crédito" reconhecido pelo DF "num montante de R$ 34 milhões".
Segundo as investigações, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, é suspeito de pagar propina aos parlamentares em troca de apoio na Câmara Legislativa.
Em nota divulgada ontem, Arruda e Octavio negaram a participação no suposto esquema. Eles disseram que foram vítimas de um "ato de torpe vilania" e se mostraram 'indignados' com as acusações.
Arruda e Octavio afirmam que Durval Barbosa agiu de forma "capciosa e premeditada", apresentando uma "versão mentirosa" dos fatos.
Denúncias
A Folha teve acesso a vários DVDs, entre os quais um que mostra Arruda recebendo dinheiro. O vídeo foi feito pelo então presidente da Codeplan (empresa do DF), Durval Barbosa --que era, até sexta-feira (27), secretário de Relações Institucionais de Arruda.
O secretário de Ordem Pública do DF, Roberto Giffoni, nega que o dinheiro seja propina. Em nota, Arruda e o vice-governador do DF, Paulo Octavio, negaram envolvimento no suposto esquema de mensalão na Câmara Legislativa local.
O dinheiro recebido por Arruda, segundo Giffoni, seria uma contribuição legal de campanha eleitoral para a compra de panetones.
Barbosa usou escuta ambiental e câmera escondida para flagrar as supostas negociações de Arruda e outros integrantes do Governo do Distrito Federal. Como Barbosa responde a uma série de acusações na Justiça, aceitou realizar as gravações com equipamentos da Polícia Federal em troca do benefício da delação premiada.
De acordo com despacho do ministro Fernando Gonçalves, que preside o caso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), uma das gravações de Barbosa mostraria Arruda oferecendo R$ 400 mil para a base aliada. Em outro trecho, Arruda teria ofertado outros R$ 200 mil para o mesmo destino --a base aliada. A PF investiga o objetivo do suposto mensalinho pago por Arruda a aliados.
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