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PMDB baiano abre ação contra governador Jaques Wagner por prevaricação
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MATHEUS MAGENTA
da Agência Folha, em Salvador
Uma semana após a prisão de um aliado do ministro peemedebista Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) na Bahia, o PMDB decidiu ingressar ontem com uma ação na Procuradoria-Geral da República contra o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), por suposta prevaricação e condescendência criminosa.
Na semana passada, uma operação da Polícia Civil prendeu sete suspeitos de fraude em licitações de linhas de ônibus intermunicipais no Estado. Entre os presos estava Antônio Lomanto Netto, aliado de Geddel e ex-diretor da agência estadual que regula o setor.
Até o irmão de Geddel, Lúcio Vieira Lima, presidente do PMDB na Bahia, foi citado em gravações da polícia como suposto beneficiado do esquema, o que ele nega.
A ação do partido contra o governador foi baseada em uma entrevista à TV Itapoan, retransmissora da Rede Record, dada um dia após a operação. No programa, Wagner afirmou que foi alertado sobre as possíveis irregularidades na Agerba, agência estadual que regula o setor de transporte público.
Avisado há sete meses, Wagner afirmou que chamou "todo mundo que está envolvido nesse caso" e disse que não queria "isso no governo". "Depois disso, alguém foi lá e fez uma denúncia e eu não ia dizer para não investigar", concluiu.
Para o PMDB, o governador confessou ter cometido prevaricação e condescendência criminosa. "Por que o governador autorizou a investigação só depois que o PMDB deixou o governo?", questionou Geddel.
Ele sugeriu ainda que Wagner estava guardando munição para as eleições estaduais do ano que vem, quando os dois devem se enfrentar na disputa pelo comando do Estado. Ainda segundo ele, a briga estadual não prejudica a aliança nacional entre os dois partidos.
Para o secretário de comunicação do Estado, Robinson Almeida, a ação é absurda. "O ex-governador Otávio Mangabeira já dizia que 'pense num absurdo, na Bahia tem precedente'. Quem mandou investigar a corrupção está sendo acusado de prevaricar", afirmou.
Segundo ele, a declaração do governador na semana passada foi relacionada a rumores de supostas irregularidades. "Ele mandou investigar assim que a denúncia foi formalizada."
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