Publicidade
Publicidade
06/12/2004
-
13h54
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
O diretório estadual do PMDB de São Paulo aprovou nesta segunda-feira, por unanimidade, a proposta que prevê a saída do partido da base que sustenta o governo Lula no Congresso Nacional.
A decisão será encaminhada à convenção nacional da sigla, que decidirá o assunto. Ela ocorrerá no próximo dia 12, em Brasília.
A ala governista do partido, encabeçada pelo presidente do Senado, José Sarney (AP), e os ministros Eunício Oliveira (Comunicações) e Amir Lando (Previdência), tentam adiar a convenção.
No entanto, o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), disse hoje não haver "qualquer hipótese de adiamento". Já o presidente estadual do PMDB em São Paulo, Orestes Quércia, afirmou que, mesmo que a Executiva Nacional tente adiar a convenção, 11 diretórios regionais já fizeram o pedido para que ela ocorra, o que assegura a realização do encontro.
Ambos afirmaram que a tese de independência do partido em relação ao governo federal será aprovada com ampla maioria na convenção nacional. Quércia disse acreditar que dois terços dos 711 delegados que participarão da reunião são favoráveis à independência em relação ao governo.
Governabilidade
Temer disse, no entanto, que a posição de independência não significa falta de apoio ao governo federal. Para ele, caso a convenção aprove esse posicionamento, o partido garantirá a governabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que ela seja compatível com as teses do partido.
"Uma coisa é ter um projeto para o país, outra coisa é apoiar as teses do governo no Parlamento Nacional. Nesses casos, as teses terão de ser compatíveis com o projeto que o PMDB está construindo para o país. Nós vamos apoiar a governabilidade", disse.
O presidente do PMDB negou que, caso o governo amplie a participação do partido, possa haver uma mudança nessa definição. "Não queremos mais ministérios porque isso faz do PMDB um partido fisiológico e nós estamos trabalhando exatamente para tirar essa pecha de fisiologia do nosso PMDB."
No encontro de hoje, também ficaram decididas a proposição de outras alterações no partido, como a mudança do nome para MDB, o recadastramento dos filiados e o estabelecimento de um processo interno pré-eleitoral semelhante ao dos Estados Unidos.
Punições
Temer descartou a hipótese de punição a integrantes do partido que desrespeitem o posicionamento estabelecido na convenção nacional.
"Não haverá esse terrorismo político de que, se a decisão for o afastamento mesmo, nós vamos expulsar todos do partido. Isso não existe. Temos dois ministros e eles já me asseguraram que, havendo a decisão pela saída do governo, no dia seguinte eles saem do governo", disse.
Quércia, no entanto, afirmou que na convenção serão propostas medidas que fortaleçam a Executiva do PMDB de forma que ela possa exigir dos integrantes do partido que cumpram as definições a serem adotadas.
Leia mais
PMDB de SP discute saída da partido da base aliada ao governo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o PMDB
Leia o que já foi publicado sobre o governo Lula
PMDB de SP aprova "independência" do partido ao governo Lula
Publicidade
da Folha Online
O diretório estadual do PMDB de São Paulo aprovou nesta segunda-feira, por unanimidade, a proposta que prevê a saída do partido da base que sustenta o governo Lula no Congresso Nacional.
A decisão será encaminhada à convenção nacional da sigla, que decidirá o assunto. Ela ocorrerá no próximo dia 12, em Brasília.
A ala governista do partido, encabeçada pelo presidente do Senado, José Sarney (AP), e os ministros Eunício Oliveira (Comunicações) e Amir Lando (Previdência), tentam adiar a convenção.
No entanto, o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), disse hoje não haver "qualquer hipótese de adiamento". Já o presidente estadual do PMDB em São Paulo, Orestes Quércia, afirmou que, mesmo que a Executiva Nacional tente adiar a convenção, 11 diretórios regionais já fizeram o pedido para que ela ocorra, o que assegura a realização do encontro.
Ambos afirmaram que a tese de independência do partido em relação ao governo federal será aprovada com ampla maioria na convenção nacional. Quércia disse acreditar que dois terços dos 711 delegados que participarão da reunião são favoráveis à independência em relação ao governo.
Governabilidade
Temer disse, no entanto, que a posição de independência não significa falta de apoio ao governo federal. Para ele, caso a convenção aprove esse posicionamento, o partido garantirá a governabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que ela seja compatível com as teses do partido.
"Uma coisa é ter um projeto para o país, outra coisa é apoiar as teses do governo no Parlamento Nacional. Nesses casos, as teses terão de ser compatíveis com o projeto que o PMDB está construindo para o país. Nós vamos apoiar a governabilidade", disse.
O presidente do PMDB negou que, caso o governo amplie a participação do partido, possa haver uma mudança nessa definição. "Não queremos mais ministérios porque isso faz do PMDB um partido fisiológico e nós estamos trabalhando exatamente para tirar essa pecha de fisiologia do nosso PMDB."
No encontro de hoje, também ficaram decididas a proposição de outras alterações no partido, como a mudança do nome para MDB, o recadastramento dos filiados e o estabelecimento de um processo interno pré-eleitoral semelhante ao dos Estados Unidos.
Punições
Temer descartou a hipótese de punição a integrantes do partido que desrespeitem o posicionamento estabelecido na convenção nacional.
"Não haverá esse terrorismo político de que, se a decisão for o afastamento mesmo, nós vamos expulsar todos do partido. Isso não existe. Temos dois ministros e eles já me asseguraram que, havendo a decisão pela saída do governo, no dia seguinte eles saem do governo", disse.
Quércia, no entanto, afirmou que na convenção serão propostas medidas que fortaleçam a Executiva do PMDB de forma que ela possa exigir dos integrantes do partido que cumpram as definições a serem adotadas.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice