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03/12/2009 - 09h13

Empresas citadas no inquérito do mensalão do DEM doaram R$ 5,6 mi a campanhas

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RANIER BRAGON
HUDSON CORRÊA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

As principais empresas citadas no inquérito que investiga o "mensalão do DEM" doaram oficialmente, desde 2002, R$ 5,6 milhões a candidatos de quase todos os partidos.

O financiamento das campanhas não se resume ao Distrito Federal, palco do atual escândalo. Atinge comitês nacionais de campanha, como o do presidente Lula, que recebeu R$ 100 mil da TBA Holding em 2002.

A empresa aparece na investigação da Polícia Federal como fonte da suposta propina de R$ 50 mil entregue ao governador José Roberto Arruda (DEM-DF), que nega irregularidade, afirmando que a quantia seria usada na distribuição de panetones a crianças pobres do DF.

Então candidato a presidente pelo PSDB em 2006, Geraldo Alckmin também recebeu via comitê uma doação, de R$ 5.000, feita por uma das empresas investigadas, a Conbral. PT e PSDB não comentaram as circunstâncias das doações.

A consulta aos dados oficiais da Justiça Eleitoral mostra ainda que não se restringe ao Distrito Federal a atuação do grupo das 11 principais empresas listadas pela PF no inquérito que investiga o suposto esquema de distribuição de dinheiro a aliados pelo governo do DEM.

O maior volume dessas doações é destinado de forma suprapartidária a candidatos do Distrito Federal e de Goiás, principalmente a aliados de Arruda e do ex-governador Joaquim Roriz (PSC-DF), eles próprios beneficiados.

Mas há também contribuições a adversários do grupo, como o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que recebeu da TBA R$ 150 mil para sua candidatura ao Senado em 2002 e R$ 50 mil para sua candidatura à Presidência em 2006. O senador disse que é amigo da dona da empresa, Cristina Boner.

Outro beneficiário foi o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), um dos principais defensores da expulsão de Arruda da legenda. O senador obteve R$ 58 mil da Linknet para sua candidatura ao governo de Goiás em 2006. Ele disse conhecer o dono da empresa e que a doação está amparada por lei.

Fora do eixo DF-Goiás, a maior doação oficial está registrada em nome do hoje ministro Edison Lobão (Minas e Energia), que em 2002 teve 45% de sua campanha ao Senado pelo Estado do Maranhão financiada pela Linknet (R$ 300 mil). Questionado sobre a doação, o ministro disse, via assessoria, que o país precisa discutir a "questão fundamental do financiamento das campanhas" e que, no seu caso, a doação "se deu na forma da lei".

Além do financiamento direto aos candidatos, a TBA também deu R$ 200 mil ao Diretório Nacional do DEM, em 2006.

O partido marcou para quinta-feira da semana que vem a votação da expulsão de Arruda. Os dados da reportagem foram informados oficialmente à Justiça Eleitoral pelos candidatos e partidos, o "caixa um".

Comentários dos leitores
Igor Bevilaqua (857) 02/02/2010 12h10
Igor Bevilaqua (857) 02/02/2010 12h10
Corruptos de plantão nem bem entraram e já são caríssimos, dispendiosos..., esse dinheiro gasto, jamais vai voltar para o povo em um "custo benefício" adequado..., toda essa dinheirama R$ 613.000,00 ou R$ 7.000.000,00 não voltará jamais à população em forma de benefício algum..., vai sim rechear contas no exterior ou então meias e cuecas além de bolsas..., eles não tem um pingo de vergonha, são caras de pau e tem "CERTEZA DA IMPUNIDADE"..., impunidade essa apoiada totalmente pelo malfadado "stf". sem opinião
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helio marinho (55) 30/01/2010 21h07
helio marinho (55) 30/01/2010 21h07
É a Republica das "Alices",o Estado dos "Vigários",com essas ridiculas reuniões,de organizações criminosas,que tem o sinonimo partidos politicos,são guangues cuidando dos seus proprios e esclusos interesses,fazendo estripulias para fazer crê,que tudo que foi feito,mostrado e visto,não passou de um engano uma ilusão que nada realmente aconteceu e que o fim não era da corrupçao que assola e devasta o País em todos os seus segmentos;se fosse de fato houvesse uma justiça de "clareza solar",injetaria cianureto em cada um dos envolvidos diretamente nesse criminosos hediondo,que cometeram e comentem crimes contra os cidadões,o povo,a sociedade e contra o Estado;e sendo assim suas leis seriam levado a serio,e seus cidadões protegidos e a sociedade respeitada;um Estado que não é temido jamais sera amado e respeitado,pois, o amor a Deus vem do temor do inferno,mas como essas criaturas abominaveis não respeitam e nem crêem em nada,de a eles a ponta da agulha. 2 opiniões
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flavio petry (21) 30/01/2010 16h20
flavio petry (21) 30/01/2010 16h20
Num país de politicos incoerentes com os programas partidários, Aécio Neves foi coerente: Presidente da Republica ou Senador. 1 opinião
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