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10/12/2004 - 19h58

"Chegou o tempo de colher o que foi plantado", diz Lula

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ROSE ANE SILVEIRA
ANA PAULA RIBEIRO

da Folha Online, em Brasília

Elogios ao desempenho macroeconômico do país, à política externa e aos investimentos em infra-estrutura nos últimos dois anos conduziram o primeiro dia da última reunião ministerial do ano, nesta sexta-feira, na Granja do Torto (Brasília).

O encontro, que terá continuidade neste sábado, foi inaugurado por volta das 10h15, com mais de uma hora de atraso, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A uma platéia de 35 ministros --somente Waldir Pires (Controladoria Geral da União), em viagem, faltou--, Lula disse que "chegou o tempo de colher o que foi plantado" em dois anos de gestão.

Segundo Lula, o governo foi obrigado a tomar decisões "difíceis e amargas" na área econômica, que geraram críticas, mas os resultados são compensatórios. Para ele, a retomada do desenvolvimento econômico, como o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) "não é uma bolha". "Os resultados são concretos", afirmou.

O discurso de encerramento seria justamente do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, o último numa fila de nove pronunciamentos dos integrantes da equipe de Lula, mas o desempenho da economia foi recorrente na maioria dos discursos.

Segundo relato do líder do governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PTB-RN), para os presentes, "os números de infra-estrutura, do que foi feito e o que se projeta, são impressionantes". Ele disse também que o programa Fome Zero seguirá na lista de prioridades do governo.

Em defesa dos investimentos no setor de infra-estrutura e desenvolvimento, ainda segundo Bezerra, foi destacado o retrospecto da Petrobras e os 14 mil quilômetros de rodovias recuperados. O presidente Lula, de acordo com senador, voltou a cobrar a aprovação do projeto que cria as PPP (Parcerias Público-Privada).

Bezerra afirmou que Lula, a exemplo dos últimos discursos em eventos pelo país, elogiou a atuação do Congresso, mas não citou o PMDB, que pode deixar a base e romper com o governo neste final de semana. O presidente teria dito, segundo ele, que ainda falta "complementar o elenco das reformas e votar a chamada Lei de Falências".

O valor do salário mínimo, de acordo com Bezerra, também não foi debatido. O mínimo segue em discussão na comissão mista de Orçamento.

"É possível que a decisão sobre o valor do mínimo aprovada pela comissão venha a ser exatamente o valor a ser adotado pelo governo", disse.

O governo propõe salário mínimo de R$ 280 em 2005, o relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), R$ 283, mas as centrais sindicais reivindicam R$ 300.

Os 35 ministros foram divididos em seis grupos: dois deles que tratavam da área social; infra-estrutura e meio-ambiente; articulação política; desenvolvimento; e relações exteriores e Defesa.

Discursaram, nesta ordem: Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Agnelo Queiroz (Esporte), Ciro Gomes (Integração Nacional), José Alencar (vice-presidente e Defesa), Luiz Gushiken (Comunicação de Governo), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Jaques Wagner (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), Aldo Rebelo (Coordenação Política), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e Antonio Palocci (Fazenda).

O cardápio do almoço no Torto teve: salada verde, legumes cozidos, arroz branco e tambaqui na brasa. Para sobremesa, foi servido mousse de cupuaçu e frutas.

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