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12/12/2004 - 10h11

Liminar suspende convenção, mas PMDB segue reunido em Brasília

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O desembargador Asdrúbal Nascimento, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, acatou o recurso do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) e concedeu liminar suspendendo a convenção do PMDB que começou hoje em Brasília. Apesar disso, a legenda segue reunida na capital federal.

A ordem para suspender a reunião chegou antes da abertura do evento. Mesmo com o fato de a ação invalidar quaisquer votações feitas neste domingo, o secretário geral do PMDB, deputado Saraiva Felipe (MG), abriu a convenção por volta das 9h30.

O presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), segundo sua assessoria, já acionou o departamento jurídico da legenda para tentar cassar a liminar. A entrada com o recurso no Tribunal deve ocorrer a partir das 13h30, horário da abertura do órgão. Se a liminar for cassada, as votações passam a valer.

Os convencionais discutem e votam três questões: a entrega dos cargos, a candidatura própria à Presidência em 2006 e o fechamento de questão nas decisões da executiva. Se este último ponto for aprovado, os integrantes do partido serão obrigados a votar de acordo com a decisão da executiva, independente de suas posições pessoais, sob pena de punição.

O quarto item que seria discutido, a mundança do nome da legenda de PMDB para MDB, foi derrubado em comum acordo pelos diretórios regionais.

Segundo o deputado federal Geddel Vieira Lima (BA), a saída do governo não é uma expectativa, é uma certeza. "A liminar não tem valor político. Ela foi apresentada por quem tem prestígio como um juiz de madrugada, mas não tem prestígio político", afirmou o parlamentar.

Revés

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou no sábado pedido do senador Renan Calheiros (AL) de cancelamento da convenção do PMDB. Calheiros representa a ala governista do partido, que tenta impedir que o partido desintegre a base aliada de Lula.

Além dele, o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), o senador José Borba (PR), e os ministros do PMDB, Eunício Oliveira (Comunicações), e Amir Lando (Previdência Social), também querem a permanência da sigla entre os aliados.

Garotinho

O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, que está em Brasília participando da convenção do partido, afirmou que sua mulher, a governadora do Rio, Rosinha Matheus, sofreu um acidente de carro na manhã de hoje e não vai a Brasília participar da convenção do PMDB.

Garotinho disse que Rosinha está bem, mas que, por determinação médica, deve ficar em repouso por 24 horas.

O ex-governador, que defende que o PMDB faça oposição ao governo, afirmou estar indignado com a posição da "ala governista". "A falta de argumentos levou a ala governista a recorrer ao tapetão."

Garotinho ainda negou ser o candidato do PMDB à Presidência da República em 2006. "Por enquanto não sou candidato."

PPS

O diretório nacional do PPS aprovou, no Rio, a saída do partido da base aliada e a entrega dos cargos ao governo Lula. A votação, com a maioria definida pelo levantamento dos crachás, aconteceu após troca de acusações entre governistas e defensores do rompimento com o Planalto.

O ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) não compareceu. Seu irmão Cid Gomes, prefeito de Sobral (CE), indicou que seu grupo, que inclui a senadora Patrícia Gomes (CE), deve deixar o PPS. O presidente do partido, Roberto Freire (PE), disse que a entrega de cargos deve ser imediata.

Com Folha de S. Paulo

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