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Nós punimos nossos ímprobos, afirma líder do DEM no Senado
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FERNANDO BARROS DE MELLO
da Folha de S.Paulo
Um dos defensores da expulsão rápida do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), diz que, ao contrário do PT, o partido "combate seus ímprobos".
Para o senador, a população irá diferenciar as siglas que punirem os filiados envolvidos em casos de corrupção.
FOLHA - O mensalão no DF iguala PT, PSDB e DEM na questão ética?
JOSÉ AGRIPINO - Uma coisa precisa ficar clara. O DEM desde o primeiro momento disse que não aceita acolher como seu erros cometidos por um filiado. Por mais apreço que temos pelo governo de qualidade que Arruda vinha desempenhando, pelo fato de ser o único governador da sigla, apesar de tudo isso fizemos o que nenhum partido fez, em nome da ética.
FOLHA - Mas ele ainda permanece no partido...
AGRIPINO - Quando o partido foi acusado de ter em seus quadros alguém cometendo atitudes ilícitas, ele não hesitou em desfiliar, como o caso do Edmar Moreira [o deputado do Castelo, que se desfiliou do partido]. Agora o caso do governador Arruda caminha para a Executiva Nacional votar pela exclusão.
Não vamos comparar a atitude do PT, que pela voz de seu líder maior, Lula, acha que todo mundo faz isso, que é normal. Agora eles vão fazer festa para os mensaleiros.
Enquanto eles convivem com os seus ímprobos, nós combatemos os nossos. Ninguém está livre de ter em seus quadros filiados que cometam gesto de improbidade, mas cabe ao partido tomar iniciativas. Nós vamos fazer o que a sociedade espera.
FOLHA - Como o tema será tratado em 2010?
AGRIPINO - O tema da probidade será muito importante em 2010. A sociedade vai ter em mente que um dos componentes importantes na definição do voto será a convivência ou não com erros e improbidade.
FOLHA - O sr. não acha que a população tem razão para achar que "todo o mundo rouba"?
AGRIPINO - É preciso que os partidos tenham atitude para se diferenciar. É o que o democratas estão fazendo. Umas das células mais fortes que o partido tinha era justamente Brasília. Em nome da ética vamos abrir mão de todo esse capital, para não convivermos com a improbidade e darmos resposta à sociedade. Espero que isso repercuta para o Brasil.
FOLHA - Qual o resultado para a oposição dessa nova operação da Polícia Federal, que atingiu o governador Arruda?
AGRIPINO - Uma coisa é a ação da PF, outra coisa é a punição. O Brasil é bom de legislação e é ruim de punição. No caso dos mensaleiros do PT e dos aloprados do PT, desbaratou, mas você não viu ninguém preso e condenado. Viu-se a ação espetaculosa. Agora, a conclusão do processo não foi feita. Nós estamos agora oferecendo ao país um julgamento político. A sociedade precisar ficar atenta a isso. O PT não o fez.
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