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17/12/2004
-
09h05
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio
Cerca de 400 funcionários da INB (Indústrias Nucleares do Brasil), de Resende (RJ), entraram em greve ontem, paralisando a produção de combustível para as usinas nucleares.
Liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas do Sul Fluminense, ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), a greve não tem data para terminar.
Uma equipe formada por 15% dos empregados continua trabalhando para manter o funcionamento do maquinário em velocidade mínima e fazer o controle do fluxo de urânio.
De acordo com o sindicato e com a INB, a greve só afetará o abastecimento de combustível para as usinas nucleares se perdurar por mais de um mês. A fábrica estava produzindo as pastilhas --a partir de urânio enriquecido-- para a recarga da usina Angra 1 programada para fevereiro do ano que vem.
A greve pode retardar os testes de enriquecimento de urânio em Resende, cujo início estava previsto para este mês ou janeiro. Segundo a empresa, a inauguração dependia apenas da agenda do ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.
O presidente do sindicato, Jorge Pinho, disse que os funcionários farão assembléia na próxima terça-feira e que, até lá, esperam que a direção da INB apresente uma nova proposta de reajuste salarial.
A INB ofereceu 7,9% de aumento . O sindicato reivindica aumento de 65,47% ou a reclassificação de cargos e salários. A fábrica tem 411 funcionários, sem contar os terceirizados. Segundo a INB, a média salarial é R$ 1.400. No ápice da carreira, os engenheiros mais qualificados chegam a ganhar cerca de R$ 11 mil.
A INB diz que os 7,9% propostos significam a primeira oferta de aumento real --acima da inflação--, feita aos empregados nos últimos dez anos. A empresa sustenta que a proposta foi aprovada pelos funcionários que trabalham na mina de urânio, em Caetité (BA), na extração de minerais pesados, em Buena (litoral norte do Estado do Rio de Janeiro), na sede (Rio de Janeiro) e na unidade de Poços de Caldas (MG). O sindicato, por sua vez, diz que a oferta foi recusada pela maioria dos trabalhadores em todas as unidades.
Jorge Pinho disse que um porta-voz da INB entrou em contato ontem com o sindicato e informou que a empresa está aberta ao diálogo, mas não fez nova proposta. Segundo ele, a adesão à greve superou a expectativa do sindicato.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre INB
Greve ameaça produção de usinas nucleares
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Cerca de 400 funcionários da INB (Indústrias Nucleares do Brasil), de Resende (RJ), entraram em greve ontem, paralisando a produção de combustível para as usinas nucleares.
Liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas do Sul Fluminense, ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), a greve não tem data para terminar.
Uma equipe formada por 15% dos empregados continua trabalhando para manter o funcionamento do maquinário em velocidade mínima e fazer o controle do fluxo de urânio.
De acordo com o sindicato e com a INB, a greve só afetará o abastecimento de combustível para as usinas nucleares se perdurar por mais de um mês. A fábrica estava produzindo as pastilhas --a partir de urânio enriquecido-- para a recarga da usina Angra 1 programada para fevereiro do ano que vem.
A greve pode retardar os testes de enriquecimento de urânio em Resende, cujo início estava previsto para este mês ou janeiro. Segundo a empresa, a inauguração dependia apenas da agenda do ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.
O presidente do sindicato, Jorge Pinho, disse que os funcionários farão assembléia na próxima terça-feira e que, até lá, esperam que a direção da INB apresente uma nova proposta de reajuste salarial.
A INB ofereceu 7,9% de aumento . O sindicato reivindica aumento de 65,47% ou a reclassificação de cargos e salários. A fábrica tem 411 funcionários, sem contar os terceirizados. Segundo a INB, a média salarial é R$ 1.400. No ápice da carreira, os engenheiros mais qualificados chegam a ganhar cerca de R$ 11 mil.
A INB diz que os 7,9% propostos significam a primeira oferta de aumento real --acima da inflação--, feita aos empregados nos últimos dez anos. A empresa sustenta que a proposta foi aprovada pelos funcionários que trabalham na mina de urânio, em Caetité (BA), na extração de minerais pesados, em Buena (litoral norte do Estado do Rio de Janeiro), na sede (Rio de Janeiro) e na unidade de Poços de Caldas (MG). O sindicato, por sua vez, diz que a oferta foi recusada pela maioria dos trabalhadores em todas as unidades.
Jorge Pinho disse que um porta-voz da INB entrou em contato ontem com o sindicato e informou que a empresa está aberta ao diálogo, mas não fez nova proposta. Segundo ele, a adesão à greve superou a expectativa do sindicato.
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