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20/12/2004
-
18h06
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio de Janeiro
O delegado Antonio Carlos Rayol, responsável pelo indiciamento do publicitário Duda Mendonça, foi afastado hoje da chefia da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal.
Há quatro meses no cargo, o afastamento de Rayol coincide com a notícia de que Mendonça será interrogado pela Justiça do Rio em março. O processo correrá na Justiça Estadual porque envolve animais domésticos.
Para Rayol, o afastamento está ocorrendo de "maneira estranha e incomum". O delegado não chegou sequer a ser informado pessoalmente de que deveria abandonar a chefia. "Fiquei sabendo porque um colega viu no boletim de serviço da intranet da Polícia Federal", disse. Rayol é funcionário da PF há 27 anos.
Segundo o porta-voz da Polícia Federal, Clóvis Ramos, o procedimento faz parte da rotina da PF. Segundo Ramos, foram afastados outros 78 chefes este ano. Rayol deve continuar na Polícia Federal sem exercer cargo de chefia.
Ramos afirmou que o afastamento não tem ligação com a prisão do marqueteiro do presidente Lula e da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. "A administração não tolera retaliações em níveis hierárquicos e disputas de poder interno", disse.
Na última sexta-feira, a Justiça do Rio de Janeiro recebeu denúncia do Ministério Público contra Mendonça e contra o vereador Jorge Hauat, o Jorge Babu, além de outros quatro indiciados.
Eles são acusados de formação de quadrilha, crime de maus tratos contra animais e apologia a essa atividade. A pena prevista no Código Penal para formação de quadrilha é de um a três anos de reclusão, para crime ambiental, de três meses a um ano e para apologia ao crime, de três a seis meses.
Agentes
Esta não é a primeira vez que surge uma notícia de afastamento de um funcionário da PF envolvido no flagrante. No fim de novembro, foi divulgado que dois agentes que prenderam o publicitário, Luiz Amado e Marcelo Guimarães seriam transferidos para Campos e Macaé, respectivamente, no fim de novembro.
Segundo Ramos, a notícia foi divulgada erroneamente e eles nunca foram transferidos. Rayol tem uma versão diferente. "Eles só não foram transferidos por causa da gritaria da imprensa", disse. Segundo a PF, os dois continuam trabalhando no mesmo local. De acordo com Rayol, um está com licença médica e o outro está entregando passaportes no balcão da Marítima.
A delegacia de Meio Ambiente está ligada ao delegado regional executivo, Roberto Prel, com quem Rayol tinha divergências. Segundo Ramos todas as mudanças são encaminhadas ao diretor geral, Paulo Lacerda.
De acordo com Rayol, o episódio envolvendo os dois agentes foi a origem das divergências com Prel. "A divergência começou quando ele tirou os dois agentes. Eles eram os que estavam fazendo o trabalho de análise da documentação e eram os meus funcionários mais antigos e experientes", disse.
Rinha de Galos
Na noite do dia 21 de outubro, Mendonça e os demais indiciados foram presos por agentes da Polícia Federal no Clube Privé Cinco Estrelas, no Recreio dos Bandeirantes. Eles participavam da 3ª Etapa do Campeonato Cinco Estrelas de Rinha de Galos.
Todos conseguiram liberdade provisória com a alegação de que não se enquadravam nas hipóteses de prisão preventiva. Além disso, a soma das penas mínimas das infrações não ultrapassa dois anos, sendo cabível então a concessão de fiança.
Especial
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Afastado do cargo o delegado que indiciou Duda Mendonça
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da Folha Online, no Rio de Janeiro
O delegado Antonio Carlos Rayol, responsável pelo indiciamento do publicitário Duda Mendonça, foi afastado hoje da chefia da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal.
Há quatro meses no cargo, o afastamento de Rayol coincide com a notícia de que Mendonça será interrogado pela Justiça do Rio em março. O processo correrá na Justiça Estadual porque envolve animais domésticos.
Para Rayol, o afastamento está ocorrendo de "maneira estranha e incomum". O delegado não chegou sequer a ser informado pessoalmente de que deveria abandonar a chefia. "Fiquei sabendo porque um colega viu no boletim de serviço da intranet da Polícia Federal", disse. Rayol é funcionário da PF há 27 anos.
Segundo o porta-voz da Polícia Federal, Clóvis Ramos, o procedimento faz parte da rotina da PF. Segundo Ramos, foram afastados outros 78 chefes este ano. Rayol deve continuar na Polícia Federal sem exercer cargo de chefia.
Ramos afirmou que o afastamento não tem ligação com a prisão do marqueteiro do presidente Lula e da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. "A administração não tolera retaliações em níveis hierárquicos e disputas de poder interno", disse.
Na última sexta-feira, a Justiça do Rio de Janeiro recebeu denúncia do Ministério Público contra Mendonça e contra o vereador Jorge Hauat, o Jorge Babu, além de outros quatro indiciados.
Eles são acusados de formação de quadrilha, crime de maus tratos contra animais e apologia a essa atividade. A pena prevista no Código Penal para formação de quadrilha é de um a três anos de reclusão, para crime ambiental, de três meses a um ano e para apologia ao crime, de três a seis meses.
Agentes
Esta não é a primeira vez que surge uma notícia de afastamento de um funcionário da PF envolvido no flagrante. No fim de novembro, foi divulgado que dois agentes que prenderam o publicitário, Luiz Amado e Marcelo Guimarães seriam transferidos para Campos e Macaé, respectivamente, no fim de novembro.
Segundo Ramos, a notícia foi divulgada erroneamente e eles nunca foram transferidos. Rayol tem uma versão diferente. "Eles só não foram transferidos por causa da gritaria da imprensa", disse. Segundo a PF, os dois continuam trabalhando no mesmo local. De acordo com Rayol, um está com licença médica e o outro está entregando passaportes no balcão da Marítima.
A delegacia de Meio Ambiente está ligada ao delegado regional executivo, Roberto Prel, com quem Rayol tinha divergências. Segundo Ramos todas as mudanças são encaminhadas ao diretor geral, Paulo Lacerda.
De acordo com Rayol, o episódio envolvendo os dois agentes foi a origem das divergências com Prel. "A divergência começou quando ele tirou os dois agentes. Eles eram os que estavam fazendo o trabalho de análise da documentação e eram os meus funcionários mais antigos e experientes", disse.
Rinha de Galos
Na noite do dia 21 de outubro, Mendonça e os demais indiciados foram presos por agentes da Polícia Federal no Clube Privé Cinco Estrelas, no Recreio dos Bandeirantes. Eles participavam da 3ª Etapa do Campeonato Cinco Estrelas de Rinha de Galos.
Todos conseguiram liberdade provisória com a alegação de que não se enquadravam nas hipóteses de prisão preventiva. Além disso, a soma das penas mínimas das infrações não ultrapassa dois anos, sendo cabível então a concessão de fiança.
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