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20/09/2000 - 15h49

Pataxós prendem reféns por 24 horas no sul da Bahia

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MARCOS VITA
da Agência Folha, em Salvador

Cerca de 50 índios pataxós mantiveram por 24 horas dois funcionários da Funai como reféns na fazenda Boa União, a apenas nove quilômetros do monte Pascoal (BA), primeiro ponto avistado pelos portugueses em 1500.

Os reféns foram libertados no final da tarde de ontem depois de negociação dos índios com a Polícia Federal, Funai (Fundação Nacional do Índio) e Ministério Público. Os pataxós invadiram a fazenda há um mês.

Os índios pedem rapidez da Funai na confirmação de posse e demarcação de 58 mil hectares de terras indígenas nas aldeias de Barra Velha e Corumbauzinho, onde fica a fazenda invadida.

Os índios dominaram os funcionários da Funai Jaílton Maciel e Adalberto de Jesus Alves quando eles distribuíam sementes na aldeia de Corumbauzinho. Os pataxós afirmavam que não foram convidados a participar de uma reunião no órgão para discutir a demarcação das terras.

A área reivindicada pelos índios faz parte dos municípios de Porto Seguro, Itamaraju e Prado (cerca de 700 km ao sul de Salvador) e inclui pelo menos 50 propriedades rurais.

Liderados pelo chefe Joel Brás, os índios criticam a demora da Funai no estudo da posse indígena da terra e na concessão de indenizações para que os fazendeiros desocupem as terras.

"Esperamos há pelo menos um ano a demarcação das nossas terras, mas a Funai ainda não nos deu nenhuma definição", afirmou Brás. Segundo ele, os pataxós ocupam hoje apenas 12 mil dos 70 mil hectares que, originalmente, pertenciam aos índios.

A Funai de Eunápolis disse que está formado um grupo técnico com seis pessoas, mas o início dos trabalhos de análise das terras depende de portaria do órgão em Brasília.

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