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22/12/2004 - 22h08

Procurador suspeito de corrupção é preso no Espírito Santo

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SILVIO NAVARRO
da Agência Folha

O procurador da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo João Marcos Lopes de Farias foi preso hoje acusado de integrar um esquema de corrupção na contratação de empresas prestadoras de serviços de limpeza e seguradoras para a Casa, em 2001. À época, a Assembléia capixaba era presidida pelo ex-deputado José Carlos Gratz, preso desde o dia 6 de dezembro.

A Justiça de Vitória determinou a prisão preventiva do procurador da Assembléia após denúncias do Ministério Público de irregularidades nos contratos firmados com empresas e seguradoras. O advogado Durval Albert, que defende Lopes de Farias, afirmou que recorrerá da decisão.

Na semana passada, Lopes de Farias foi afastado do cargo no Legislativo pelo atual presidente da Casa, deputado Cláudio Vereza (PT), a pedido da Justiça. A mulher do procurador, Ana Maria Rangel, que ocupava cargo idêntico na Casa, também foi afastada e cumpre prisão domiciliar.

O desembargador Pedro Valls Feu Rosa ainda negou liminar que pedia liberdade ao ex-deputado José Carlos Gratz, acusado de formação de quadrilha e peculato (apropriação de bem público praticada por um servidor). Gratz e outras seis pessoas e duas empresas são acusados de envolvimento em outro esquema de corrupção, na contratação de seguro predial para a sede da Assembléia.

A prisão preventiva de Gratz foi decretada com base no inquérito policial do GRCO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado). O Ministério Público Estadual ingressou com uma ação civil pública por improbidade administrativa, na qual aponta superfaturamento na contratação da empresa Porto Seguro, ao custo de R$ 494 mil. O seguro atual é de R$ 67 mil. A empresa nega as denúncias.

O advogado Homero Mafra, que defende Gratz, informou que tentará a revisão da decisão que manteve o ex-deputado preso.

A Justiça ainda libertou o ex-deputado Juca Gama, um dos citados no processo acusado de participar do esquema de corrupção. Na época da assinatura dos contratos, ele era primeiro-secretário da Assembléia.
Na semana passada, a Justiça determinou bloqueio dos bens imóveis e a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Gratz e dos demais envolvidos no caso.

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