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26/12/2004
-
14h38
da Folha Online
Um delegação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara chega em Fortaleza na quarta-feira para apurar denúncias de destruição de documentos secretos da ditadura militar.
Fazem parte da delegação os deputados petistas João Alfredo (CE), Luiz Alberto (BA) e Luiz Couto (PB), que deverão visitar o quartel da 10ª Região, ter uma audiência com o governador Lúcio Alcântara e uma reunião com os anistiados daquele Estado.
No último dia 15, o jornal "O Povo", de Fortaleza, noticiou que o general Júlio Limaverde, provocado por uma solicitação do próprio jornal, respondeu por meio de ofício que os documentos do período 1960/1970 foram destruídos na 10ª Região Militar.
No dia 21, o "Diário do Nordeste" revelou que papéis da ditadura, com carimbos de confidencial e reservado, foram achados no início do ano por um professor, em uma escola pública, dentro de caixas de livros doados. Entre eles, haveria um documento do Ministério do Exército intitulado "Infiltrações subversivas no meio universitário de Brasília".
Entre os documentos supostamente destruídos, estariam os referentes à "Operação Calhambeque", que culminou com a prisão e morte de Pedro Gerônimo, sindicalista e integrante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Gerônimo foi preso em 11 de setembro de 1975 e apareceu morto em uma cela da Polícia Federal seis meses depois, após ser torturado. Faria parte da documentação uma fita de super-8 que registra o momento em que militantes presos decidem entregar o companheiro ao DOI.
Com Agência Brasil
Especial
Leia o que já foi publicado sobre os arquivos da ditadura
Câmara vai apurar destruição de documentos em Fortaleza
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Um delegação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara chega em Fortaleza na quarta-feira para apurar denúncias de destruição de documentos secretos da ditadura militar.
Fazem parte da delegação os deputados petistas João Alfredo (CE), Luiz Alberto (BA) e Luiz Couto (PB), que deverão visitar o quartel da 10ª Região, ter uma audiência com o governador Lúcio Alcântara e uma reunião com os anistiados daquele Estado.
No último dia 15, o jornal "O Povo", de Fortaleza, noticiou que o general Júlio Limaverde, provocado por uma solicitação do próprio jornal, respondeu por meio de ofício que os documentos do período 1960/1970 foram destruídos na 10ª Região Militar.
No dia 21, o "Diário do Nordeste" revelou que papéis da ditadura, com carimbos de confidencial e reservado, foram achados no início do ano por um professor, em uma escola pública, dentro de caixas de livros doados. Entre eles, haveria um documento do Ministério do Exército intitulado "Infiltrações subversivas no meio universitário de Brasília".
Entre os documentos supostamente destruídos, estariam os referentes à "Operação Calhambeque", que culminou com a prisão e morte de Pedro Gerônimo, sindicalista e integrante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Gerônimo foi preso em 11 de setembro de 1975 e apareceu morto em uma cela da Polícia Federal seis meses depois, após ser torturado. Faria parte da documentação uma fita de super-8 que registra o momento em que militantes presos decidem entregar o companheiro ao DOI.
Com Agência Brasil
Especial
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