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13/01/2005
-
09h35
MARTA SALOMON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O dinheiro destinado ao pagamento da última parcela de US$ 10 milhões do Airbus presidencial, previsto para hoje ou amanhã, foi transferido para uma conta da Comissão Aeronáutica em Washington em setembro.
Como o preço do dólar caiu quase 7% desde então, algo imprevisível naquele momento, o custo do AeroLula acabou ficando R$ 2 milhões maior. A diferença entre o câmbio de setembro (R$ 2,90 por dólar) e o de ontem equivale, com sobra, ao custeio do programa de inclusão digital do governo federal.
Segundo o Comando da Aeronáutica, a compra antecipada dos dólares e a sua transferência para a conta da Comissão Aeronáutica Brasileira deu maior segurança de que o compromisso com a Airbus seria honrado. Ainda segundo a Aeronáutica, caso o valor do dólar subisse até a data do pagamento, inicialmente previsto para dezembro, poderia haver dificuldade para quitar o contrato.
No segundo semestre do ano passado, várias empresas anteciparam o pagamento de dívidas em dólar, diante dos sinais de queda na cotação da moeda.
Na negociação com a Airbus, o governo se comprometeu a pagar os US$ 56,7 milhões pelo modelo personalizado do A-319 em quatro parcelas, antes da entrega do avião em Toulouse, na França. Os três primeiros pagamentos foram feitos em fevereiro, julho e agosto. Ficaram faltando US$ 10 milhões.
A informação sobre a reserva de dinheiro para quitar o avião foi dada pela assessoria de imprensa do Comando da Aeronáutica ao contestar que o pagamento seria feito com dinheiro dos impostos arrecadados em 2005, com outras despesas autorizadas no ano passado e não pagas até 31 de dezembro. A Aeronáutica informou também a cotação do dólar usada.
Ontem, a Folha tentou acessar o Siafi (sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais), mas o programa de compra de aeronaves e a unidade gestora responsável pelo gasto estavam indisponíveis para a consulta.
O Tesouro Nacional, que administra as contas públicas, foi procurado ontem durante o dia e não se manifestou sobre a operação.
O Airbus --que pode chegar amanhã--, deve ser usado nos próximos oito mandatos presidenciais, pelo menos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Airbus presidencial
Governo tem prejuízo ao dolarizar última parcela do avião de Lula
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O dinheiro destinado ao pagamento da última parcela de US$ 10 milhões do Airbus presidencial, previsto para hoje ou amanhã, foi transferido para uma conta da Comissão Aeronáutica em Washington em setembro.
Como o preço do dólar caiu quase 7% desde então, algo imprevisível naquele momento, o custo do AeroLula acabou ficando R$ 2 milhões maior. A diferença entre o câmbio de setembro (R$ 2,90 por dólar) e o de ontem equivale, com sobra, ao custeio do programa de inclusão digital do governo federal.
Segundo o Comando da Aeronáutica, a compra antecipada dos dólares e a sua transferência para a conta da Comissão Aeronáutica Brasileira deu maior segurança de que o compromisso com a Airbus seria honrado. Ainda segundo a Aeronáutica, caso o valor do dólar subisse até a data do pagamento, inicialmente previsto para dezembro, poderia haver dificuldade para quitar o contrato.
No segundo semestre do ano passado, várias empresas anteciparam o pagamento de dívidas em dólar, diante dos sinais de queda na cotação da moeda.
Na negociação com a Airbus, o governo se comprometeu a pagar os US$ 56,7 milhões pelo modelo personalizado do A-319 em quatro parcelas, antes da entrega do avião em Toulouse, na França. Os três primeiros pagamentos foram feitos em fevereiro, julho e agosto. Ficaram faltando US$ 10 milhões.
A informação sobre a reserva de dinheiro para quitar o avião foi dada pela assessoria de imprensa do Comando da Aeronáutica ao contestar que o pagamento seria feito com dinheiro dos impostos arrecadados em 2005, com outras despesas autorizadas no ano passado e não pagas até 31 de dezembro. A Aeronáutica informou também a cotação do dólar usada.
Ontem, a Folha tentou acessar o Siafi (sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais), mas o programa de compra de aeronaves e a unidade gestora responsável pelo gasto estavam indisponíveis para a consulta.
O Tesouro Nacional, que administra as contas públicas, foi procurado ontem durante o dia e não se manifestou sobre a operação.
O Airbus --que pode chegar amanhã--, deve ser usado nos próximos oito mandatos presidenciais, pelo menos.
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