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16/12/2009 - 09h18

Wilson Trezza toma posse hoje como diretor-geral da Abin

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da Folha Online

O novo diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Wilson Roberto Trezza, será empossado nesta quarta-feira no cargo. A indicação de Trezza foi aprovada pelo Senado no dia 24 de novembro, por 49 votos a 10.

O diretor já ocupava o cargo de forma interina desde o fim do ano passado, quando o então diretor Paulo Lacerda foi afastado do comando da Abin em meio à crise que atingiu o órgão durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal.

O plenário endossou a indicação de Trezza um mês depois do nome dele ter sido aprovado pela Comissão de Defesa Nacional do Senado.

Ao ser sabatinado na comissão, Trezza revelou limitações da agência --como dificuldades orçamentárias e fatos que nem sempre podem ser antecipados pela inteligência brasileira.

Segundo o diretor da Abin, a crise na agência está superada, apesar de reconhecer que o órgão enfrentou "constrangimentos" no ano passado em meio à Satiagraha.

Na sabatina, o diretor da Abin confirmou a participação de 80 homens da agência durante a Operação Satiagraha.

Trezza disse que os agentes trabalharam em momentos distintos da operação, com a participação simultânea de, no máximo, 12 homens da Abin junto à Polícia Federal.

Na época, a Abin confirmou a participação informal dos agentes na Satiagraha, mas divulgou números diversos sobre a quantidade de homens que participaram da operação.

A oposição acusou a agência de descontrole, o que foi negado por Trezza durante a sabatina no Senado. Irritado por ter sido alvo de um suposto grampo realizado em meio à Satiagraha, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) acusou o órgão de arapongagem.

Trezza, por sua vez, negou que a agência tenha realizado grampos ilegalmente --mas não se responsabilizou por gestões anteriores.

O diretor foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a agência em definitivo. Trezza assumiu o cargo em meio à crise na agência, em 2008, que resultou no afastamento de Lacerda do cargo após denúncias de que autoridades dos três Poderes teriam sido alvo de escutas telefônicas ilegais --entre elas o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes.

Na sabatina no Senado, o diretor também revelou que a Abin monitora movimentos sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), mas não tem mecanismos para prever todas as ações deflagradas por esses movimentos.

Trezza disse que a Abin acompanha ações dos movimentos sempre que há ameaças ao patrimônio público, com foco nos interesses da Presidência da República.

 

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