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29/01/2005
-
19h05
CAIO JUNQUEIRA
Enviado da Folha Online a Porto Alegre
O escritor uruguaio Eduardo Galeano disse hoje no 5º Fórum Social Mundial que um dos grandes desafios da esquerda mundial é recuperar a crença na democracia.
Ele é autor do livro "As Veias Abertas da América Latina", no qual discute o processo de formação da região e os vários interesses existentes, em especial dos países desenvolvidos.
"Em um momento em que a democracia está em crise e a esperança na democracia também está em crise, cabe à esquerda recuperar a fé perdida. Esse é o grande desafio", disse.
De acordo com ele, "uma proporção altíssima de jovens no mundo todo não acreditam na democracia". "Os jovens dizem que isso é um grande circo. E as esquerdas têm essa responsabilidade de impedir isso."
Sobre o governo Lula, ele disse que "enfrenta um desafio muito semelhante à de diversos países da América Latina porque tem gerado muitas expectativas".
Questionado sobre a impossibilidade que povos de todo o mundo têm de participar do Fórum, devido a problemas de recursos e de infra-estrutura do evento, o uruguaio afirmou que "o Fórum não pode ser muito melhor que o mundo que o cerca".
"Ele reflete as limitações e os problemas do mundo. Tenho esperança de que essas vozes possam encontrar um lugar para se expressar e comunicar no espaço do Fórum, que não nasceu restrito, é restrito pelos problemas que existem."
Ainda assim, ele disse considerar o Fórum Social um "verdadeiro milagre". "Em um mundo de desvínculo entre as pessoas, acharam um lugar para trocar experiências e formar uma grande rede solidária. Para mim é uma alegria ver essa espontaneidade maluca."
Especial
Leia mais sobre o 5º Fórum Social Mundial
Para Galeano, desafio da esquerda é recuperar crença na democracia
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Enviado da Folha Online a Porto Alegre
O escritor uruguaio Eduardo Galeano disse hoje no 5º Fórum Social Mundial que um dos grandes desafios da esquerda mundial é recuperar a crença na democracia.
Ele é autor do livro "As Veias Abertas da América Latina", no qual discute o processo de formação da região e os vários interesses existentes, em especial dos países desenvolvidos.
"Em um momento em que a democracia está em crise e a esperança na democracia também está em crise, cabe à esquerda recuperar a fé perdida. Esse é o grande desafio", disse.
De acordo com ele, "uma proporção altíssima de jovens no mundo todo não acreditam na democracia". "Os jovens dizem que isso é um grande circo. E as esquerdas têm essa responsabilidade de impedir isso."
Sobre o governo Lula, ele disse que "enfrenta um desafio muito semelhante à de diversos países da América Latina porque tem gerado muitas expectativas".
Questionado sobre a impossibilidade que povos de todo o mundo têm de participar do Fórum, devido a problemas de recursos e de infra-estrutura do evento, o uruguaio afirmou que "o Fórum não pode ser muito melhor que o mundo que o cerca".
"Ele reflete as limitações e os problemas do mundo. Tenho esperança de que essas vozes possam encontrar um lugar para se expressar e comunicar no espaço do Fórum, que não nasceu restrito, é restrito pelos problemas que existem."
Ainda assim, ele disse considerar o Fórum Social um "verdadeiro milagre". "Em um mundo de desvínculo entre as pessoas, acharam um lugar para trocar experiências e formar uma grande rede solidária. Para mim é uma alegria ver essa espontaneidade maluca."
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