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09/02/2005
-
09h57
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
A superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Pernambuco, Maria de Oliveira, afirmou ontem que vai cancelar os contratos de assentamento de todos os lavradores envolvidos no conflito que resultou na morte de um policial militar no fim de semana, ocorrido em um assentamento controlado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Quipapá (200 km ao sul de Recife).
Segundo ela, haverá "profunda investigação" sobre o caso. "O Incra tem responsabilidade de combater a violência", afirmou.
De acordo com a superintendente, um representante do órgão visitará hoje a gleba para conversar com os agricultores. O assentamento abriga 46 famílias.
A intenção é reconstituir os fatos, ouvindo a versão dos trabalhadores do assentamento. A polícia deve acompanhar. O principal líder do MST em Pernambuco, Jaime Amorim, também deve estar presente. Ele nega o envolvimento dos lavradores no caso.
A superintendente do Incra confirmou ter sido avisada pelo movimento de que alguns sem-terra do assentamento estavam sendo investigados pela própria entidade, por suspeita de envolvimento em crimes na região.
De acordo com ela, há cerca de dez dias o MST informou ter expulsado três integrantes. Oliveira não confirmou se entre eles estavam José Ricardo de Oliveira Rodrigues e seu irmão Sérgio.
Os irmãos, segundo o líder do MST, integram uma quadrilha de assaltantes. Os dois estariam no assentamento quando houve o conflito, entre sábado e domingo. A polícia entrou no local, após perseguir um Saveiro supostamente dirigido por José Ricardo.
Cerco
Relato dos policiais sobreviventes informa que os PMs, trajando roupas civis, foram cercados por lavradores. O carro em que estavam foi depredado.
O PM morto, soldado Luiz Pereira da Silva, foi baleado e tinha marcas de espancamento. O sargento Cícero Jacinto da Silva, que acompanhava a vítima com outro soldado da corporação, foi feito refém. Ele também apresentava marcas de tortura. Adilson Alves Aroeira conseguiu fugir.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MST
Leia o que já foi publicado sobre o Incra
Sem-terra envolvidos em morte de PM serão descredenciados pelo Incra
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da Agência Folha, em Recife
A superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Pernambuco, Maria de Oliveira, afirmou ontem que vai cancelar os contratos de assentamento de todos os lavradores envolvidos no conflito que resultou na morte de um policial militar no fim de semana, ocorrido em um assentamento controlado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Quipapá (200 km ao sul de Recife).
Segundo ela, haverá "profunda investigação" sobre o caso. "O Incra tem responsabilidade de combater a violência", afirmou.
De acordo com a superintendente, um representante do órgão visitará hoje a gleba para conversar com os agricultores. O assentamento abriga 46 famílias.
A intenção é reconstituir os fatos, ouvindo a versão dos trabalhadores do assentamento. A polícia deve acompanhar. O principal líder do MST em Pernambuco, Jaime Amorim, também deve estar presente. Ele nega o envolvimento dos lavradores no caso.
A superintendente do Incra confirmou ter sido avisada pelo movimento de que alguns sem-terra do assentamento estavam sendo investigados pela própria entidade, por suspeita de envolvimento em crimes na região.
De acordo com ela, há cerca de dez dias o MST informou ter expulsado três integrantes. Oliveira não confirmou se entre eles estavam José Ricardo de Oliveira Rodrigues e seu irmão Sérgio.
Os irmãos, segundo o líder do MST, integram uma quadrilha de assaltantes. Os dois estariam no assentamento quando houve o conflito, entre sábado e domingo. A polícia entrou no local, após perseguir um Saveiro supostamente dirigido por José Ricardo.
Cerco
Relato dos policiais sobreviventes informa que os PMs, trajando roupas civis, foram cercados por lavradores. O carro em que estavam foi depredado.
O PM morto, soldado Luiz Pereira da Silva, foi baleado e tinha marcas de espancamento. O sargento Cícero Jacinto da Silva, que acompanhava a vítima com outro soldado da corporação, foi feito refém. Ele também apresentava marcas de tortura. Adilson Alves Aroeira conseguiu fugir.
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