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12/02/2005 - 19h46

Não perdi a esperança nem no PT nem em Lula, diz Fidel Castro

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da Folha Online

O ditador cubano Fidel Castro disse hoje que ainda tem esperança na colaboração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em causas da esquerda. "Não perdi a esperança nem no PT nem em Lula", disse.

Fidel também não incluiu o Brasil entre os países que mais ajudariam Cuba, que sofre com o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos há décadas.

"O Estado comunista de Cuba está se erguendo das cinzas do colapso econômico da era pós-soviética com um maior controle sobre sua economia e ajuda da China e da Venezuela", afirmou.

"O Estado está se reerguendo como a fênix", disse Fidel, em um discurso de quase seis horas para 1400 economistas, em uma conferência antiglobalização.

Nos últimos dois anos, Cuba voltou a concentrar o controle de empresas estatais, tirando a autonomia permitida durante a crise que se seguiu ao colapso da União Soviética.

O governo cubano também criou controles de câmbio estrangeiro, eliminou o dólar como moeda corrente, apertou as regras para empresas estrangeiras e coibiu a empresa privada em um retorno para a clássica economia de comando, que é 90% estatal.

A centralização das operações das empresas estatais fará com que Cuba economize entre 500 milhões e um bilhão de dólares, disse Fidel.

"Tivemos de estabelecer os mais rigorosos controles de câmbio", afirmou, queixando-se de que antigamente 3 mil administradores tinham autoridade para comprar e vender, ou de contrair dívidas em moeda forte.

Desde o início do ano, todo câmbio de moeda estrangeira e seu equivalente cubano, o peso conversível, deve ser transformado em uma única conta controlada pelo Banco Central, que aumentou o controle das finanças do país.

China

Cuba duplicará sua produção de níquel e cobalto nos próximos quatro anos graças a investimentos da China e ao aumento da produção da joint venture com a empresa canadense Sherritt International, disse o líder cubano.

O níquel, principal item de exportação da ilha caribenha, deverá render a Cuba pelo menos 800 milhões de dólares em receita bruta, segundo Fidel.

A indústria de turismo de Cuba, principal fonte de moeda forte do país, com entrada de 2 bilhões de dólares no ano passado, cortou seus custos de tal forma que acabou afetando a qualidade dos serviços, queixam-se gerentes de hotéis.

Fidel agradeceu ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, seu maior aliado estrangeiro, pela generosa assistência de envio de suprimentos vitais de petróleo, oficialmente 53 barris por dia, em termos preferenciais.

"O número de médicos, dentistas e professores cubanos enviados à Venezuela como parte do pagamento do petróleo aumentará de 20 mil para 30 mil até o final do ano", disse Fidel.

Ele disse ainda que "o sol desapareceu do horizonte" com o colapso da União Soviética, privando Cuba de bilhões de dólares em subsídios, principalmente através da política de fornecer petróleo barato em troca de açúcar caro.

A economia cubana encolheu 40% entre 1990 e 1993 e ainda não se recuperou da crise.

Com Reuters

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