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23/02/2005
-
11h12
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
A "humilhante" derrota do PT na semana passada na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados reduziu "seriamente" a capacidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "impor uma agenda de reformas agressiva", diz o diário britânico "Financial Times" nesta quarta-feira.
O diário diz que "o fracasso do PT em conquistar o cargo de liderança mina sua capacidade de definir a agenda da Câmara" e lembra que o novo presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), já apoiou protestos de líderes empresariais contra a MP 232 [que eleva a tributação sobre empresas prestadoras de serviço].
Mais preocupante ainda para o governo Lula, diz o jornal britânico, é que Cavalcanti se diz contrário à autonomia do Banco Central. Segundo analistas ouvidos pelo "FT", Cavalcanti quer usar sua oposição ao projeto para barganhar cargos no governo e "sugerem que ele pode estar exagerando".
Cavalcanti já irritou o governo com seu estilo de discurso "acalorado, muitas vezes grosseiro", diz o "FT", ao dizer, por exemplo, que o Banco Central precisa de um "cabresto".
Também no Senado a mobilidade do Executivo ficou diminuída. "O projeto [da MP 232] não será aprovado como está", disse o novo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Não haverá uma aliança de governo sem uma reformulação do gabinete", referindo-se à reforma ministerial.
Entre os "aliados descontentes", o "FT" cita o PP, o PMDB, o PTB e o PL.
Lula tentou aparar as arestas com Cavalcanti, dizendo que trabalhar com o novo presidente da Câmara "não é o fim do mundo". "Não vejo problema em trabalhar com Severino. Eu tenho de governar o país não importa quem seja o presidente da Câmara."
Com agências internacionais
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Lula perde controle das reformas, diz "Financial Times"
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da Folha Online
A "humilhante" derrota do PT na semana passada na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados reduziu "seriamente" a capacidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "impor uma agenda de reformas agressiva", diz o diário britânico "Financial Times" nesta quarta-feira.
O diário diz que "o fracasso do PT em conquistar o cargo de liderança mina sua capacidade de definir a agenda da Câmara" e lembra que o novo presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), já apoiou protestos de líderes empresariais contra a MP 232 [que eleva a tributação sobre empresas prestadoras de serviço].
Mais preocupante ainda para o governo Lula, diz o jornal britânico, é que Cavalcanti se diz contrário à autonomia do Banco Central. Segundo analistas ouvidos pelo "FT", Cavalcanti quer usar sua oposição ao projeto para barganhar cargos no governo e "sugerem que ele pode estar exagerando".
Cavalcanti já irritou o governo com seu estilo de discurso "acalorado, muitas vezes grosseiro", diz o "FT", ao dizer, por exemplo, que o Banco Central precisa de um "cabresto".
Também no Senado a mobilidade do Executivo ficou diminuída. "O projeto [da MP 232] não será aprovado como está", disse o novo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Não haverá uma aliança de governo sem uma reformulação do gabinete", referindo-se à reforma ministerial.
Entre os "aliados descontentes", o "FT" cita o PP, o PMDB, o PTB e o PL.
Lula tentou aparar as arestas com Cavalcanti, dizendo que trabalhar com o novo presidente da Câmara "não é o fim do mundo". "Não vejo problema em trabalhar com Severino. Eu tenho de governar o país não importa quem seja o presidente da Câmara."
Com agências internacionais
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