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26/02/2005
-
09h20
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Altamira
O FBI --a polícia federal americana-- vai acompanhar em Altamira, no Pará, as investigações sobre o assassinato da missionária norte--americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, 73, ocorrido em Anapu, no dia 12.
Três agentes chegaram ontem a Altamira. Eles farão relatório do caso, que será enviado ao Departamento de Estado dos EUA.
Poucos dias após o crime, a congregação religiosa da qual irmã Dorothy fazia parte mandou uma representação ao departamento pedindo que o FBI acompanhasse as investigações.
A permanência deles na região não tem prazo definido. "Vamos só acompanhar as investigações. Não temos previsão ainda [do tempo de permanência na região]", disse ontem o agente Richard Cavalieros, adido do FBI no Brasil, que atua em Brasília.
Cavalieros é acompanhado na missão pelo agente especial do FBI em Miami (EUA) Oscar Montoto. O terceiro agente não teve o nome divulgado. Os agentes se reuniram ontem com delegados da Polícia Civil e da Polícia Federal por cerca de uma hora, que relataram o caso em uma reunião realizada a portas fechadas. Em seguida, foram ao presídio da cidade, onde o agente Cavalieros entrevistou, por cerca de meia hora, os dois indiciados pela morte da freira --os pistoleiros Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, e Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo.
Também está preso no local Amair Feijoli da Cunha, o Tato, suposto intermediário do crime.
Segundo a Polícia Civil, os agentes poderão ter acesso às peças do inquérito, o que não tinha sido solicitado até ontem. Para a polícia, a presença dos agentes na região foi motivada pela repercussão internacional do crime. As polícias Civil e Federal negaram que o FBI vá participar das investigações.
"Estamos bem impressionados com a rapidez da solução do caso", disse Cavalieros, que não quis fazer outras declarações.
Os agentes do FBI não disseram onde ficarão em Altamira. "Devem ir a Anapu nos próximos dias. Eles pediram apoio da Polícia Federal para elaborar o relatório e estamos ajudando", disse o delegado da PF Ualame Machado.
Exército
A Presidência da República e o Ministério da Justiça negaram ontem que faltem recursos para a operação Pacajá, que levou ao Pará 2.000 homens do Exército para auxiliar na resolução de conflitos e no ordenamento fundiário.
Segundo o porta-voz da Presidência, André Singer, "a garantia do estado de Direito no Pará é uma prioridade do governo, e as tropas do Exército lá permanecerão o tempo que for necessário".
As afirmações de que o governo federal ainda não liberou verbas e de que a falta de dinheiro poderia afetar a operação foi feita pelo comandante militar da Amazônia, general Cláudio Barbosa Figueiredo, na quinta-feira, em Altamira. Segundo Márcio Thomaz Bastos (Justiça), "as verbas podem demorar um pouco", mas isso não afetará a permanência das tropas. "Não falta dinheiro, tanto que o Exército está lá", disse.
Surpreendido ao ler a crítica de Figueiredo nos jornais ontem de manhã, o Comando do Exército divulgou nota informando que, a exemplo de outras oportunidades, a Força "inicia as operações e levanta custos, que são provisionados pelo governo federal, respondendo, assim, às demandas do país".
Extra-oficialmente, oficiais explicam que não há preparação prévia para ações em casos de violência urbana e só os primeiros dias de operação conseguem demonstrar com exatidão os custos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Assassinato de Dorothy Stang
FBI acompanha caso Dorothy em Altamira
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da Agência Folha, em Altamira
O FBI --a polícia federal americana-- vai acompanhar em Altamira, no Pará, as investigações sobre o assassinato da missionária norte--americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, 73, ocorrido em Anapu, no dia 12.
Três agentes chegaram ontem a Altamira. Eles farão relatório do caso, que será enviado ao Departamento de Estado dos EUA.
Poucos dias após o crime, a congregação religiosa da qual irmã Dorothy fazia parte mandou uma representação ao departamento pedindo que o FBI acompanhasse as investigações.
A permanência deles na região não tem prazo definido. "Vamos só acompanhar as investigações. Não temos previsão ainda [do tempo de permanência na região]", disse ontem o agente Richard Cavalieros, adido do FBI no Brasil, que atua em Brasília.
Cavalieros é acompanhado na missão pelo agente especial do FBI em Miami (EUA) Oscar Montoto. O terceiro agente não teve o nome divulgado. Os agentes se reuniram ontem com delegados da Polícia Civil e da Polícia Federal por cerca de uma hora, que relataram o caso em uma reunião realizada a portas fechadas. Em seguida, foram ao presídio da cidade, onde o agente Cavalieros entrevistou, por cerca de meia hora, os dois indiciados pela morte da freira --os pistoleiros Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, e Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo.
Também está preso no local Amair Feijoli da Cunha, o Tato, suposto intermediário do crime.
Segundo a Polícia Civil, os agentes poderão ter acesso às peças do inquérito, o que não tinha sido solicitado até ontem. Para a polícia, a presença dos agentes na região foi motivada pela repercussão internacional do crime. As polícias Civil e Federal negaram que o FBI vá participar das investigações.
"Estamos bem impressionados com a rapidez da solução do caso", disse Cavalieros, que não quis fazer outras declarações.
Os agentes do FBI não disseram onde ficarão em Altamira. "Devem ir a Anapu nos próximos dias. Eles pediram apoio da Polícia Federal para elaborar o relatório e estamos ajudando", disse o delegado da PF Ualame Machado.
Exército
A Presidência da República e o Ministério da Justiça negaram ontem que faltem recursos para a operação Pacajá, que levou ao Pará 2.000 homens do Exército para auxiliar na resolução de conflitos e no ordenamento fundiário.
Segundo o porta-voz da Presidência, André Singer, "a garantia do estado de Direito no Pará é uma prioridade do governo, e as tropas do Exército lá permanecerão o tempo que for necessário".
As afirmações de que o governo federal ainda não liberou verbas e de que a falta de dinheiro poderia afetar a operação foi feita pelo comandante militar da Amazônia, general Cláudio Barbosa Figueiredo, na quinta-feira, em Altamira. Segundo Márcio Thomaz Bastos (Justiça), "as verbas podem demorar um pouco", mas isso não afetará a permanência das tropas. "Não falta dinheiro, tanto que o Exército está lá", disse.
Surpreendido ao ler a crítica de Figueiredo nos jornais ontem de manhã, o Comando do Exército divulgou nota informando que, a exemplo de outras oportunidades, a Força "inicia as operações e levanta custos, que são provisionados pelo governo federal, respondendo, assim, às demandas do país".
Extra-oficialmente, oficiais explicam que não há preparação prévia para ações em casos de violência urbana e só os primeiros dias de operação conseguem demonstrar com exatidão os custos.
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