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03/03/2005
-
09h20
SILVANA ARANTES
da enviada especial da Folha de S.Paulo a Montevidéu
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem no Uruguai, afirmou nesta quarta-feira que o PP ganhará um ministério na reforma que deve ser realizada por Lula nas próximas semanas. "O PP foi um partido muito leal ao governo nestes dois anos e, antes de todo esse processo sucessório na Câmara e no Senado, isso já estava desenhado", disse o senador. O PP é o partido do novo presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PE).
Para o senador, a perda de pastas por parte do PT é um mal necessário para manter o governo de coalizão. "É muito importante a participação dos aliados na Câmara e no Senado. E nós somos minoria nas duas casas, portanto, precisamos de alianças."
Mercandante disse também que o atraso nas mudanças foi estratégico: "O presidente estava aguardando a sucessão nas duas casas e, ao mesmo tempo, no final do ano, fomos marcados por uma série de esforços legislativos e tivemos o recesso parlamentar de 45 dias".
Em Paysandu, onde participou da inauguração da fábrica da AmBev no Uruguai, Lula afirmou que a reforma ministerial pode ocorrer a qualquer momento.
O presidente disse isso ao lado de Mercadante, que anteontem, em Montevidéu, havia falado em segunda-feira como o dia em que o processo de mudança de ministros se iniciaria.
"Todo mundo sabe que eu preciso começar a pensar nisso [reforma ministerial] agora. Agora que acabaram as eleições na Câmara e no Senado, vou começar a pensar nisso. Mas não tenho um dia preciso para anunciar. Pode ser em qualquer dia. Só não posso dizer que pode ser hoje porque não estou no Brasil", disse.
O presidente afirmou ainda que a reforma será realizada sem pressão. "Vamos fazer com tranqüilidade, não há nenhum problema. Acho que a reforma será produtiva para o governo, para a sociedade brasileira. Vamos fazê-la sem nenhuma pressão, sem pressa, porque as coisas estão indo bem."
Em seu discurso na AmBev, Lula se dirigiu ao presidente uruguaio, o esquerdista Tabaré Vázquez, que tomou posse anteontem e estava ao lado do petista. "A esperança aqui no Uruguai também venceu o medo", disse Lula, fazendo referência à frase dita por ele durante a campanha presidencial de 2002, quando venceu.
Repercussão
Ao ser perguntado sobre a repercussão de suas declarações a respeito de suposto caso de corrupção no governo anterior, Lula se mostrou aborrecido. "Um dia, vou perguntar para a imprensa o que ela acha da repercussão sobre o assunto", disse.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a reforma ministerial
Leia o que já foi publicado sobre o senador Aloizio Mercadante
PP é leal e terá ministério, diz Mercadante
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da enviada especial da Folha de S.Paulo a Montevidéu
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem no Uruguai, afirmou nesta quarta-feira que o PP ganhará um ministério na reforma que deve ser realizada por Lula nas próximas semanas. "O PP foi um partido muito leal ao governo nestes dois anos e, antes de todo esse processo sucessório na Câmara e no Senado, isso já estava desenhado", disse o senador. O PP é o partido do novo presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PE).
Para o senador, a perda de pastas por parte do PT é um mal necessário para manter o governo de coalizão. "É muito importante a participação dos aliados na Câmara e no Senado. E nós somos minoria nas duas casas, portanto, precisamos de alianças."
Mercandante disse também que o atraso nas mudanças foi estratégico: "O presidente estava aguardando a sucessão nas duas casas e, ao mesmo tempo, no final do ano, fomos marcados por uma série de esforços legislativos e tivemos o recesso parlamentar de 45 dias".
Em Paysandu, onde participou da inauguração da fábrica da AmBev no Uruguai, Lula afirmou que a reforma ministerial pode ocorrer a qualquer momento.
O presidente disse isso ao lado de Mercadante, que anteontem, em Montevidéu, havia falado em segunda-feira como o dia em que o processo de mudança de ministros se iniciaria.
"Todo mundo sabe que eu preciso começar a pensar nisso [reforma ministerial] agora. Agora que acabaram as eleições na Câmara e no Senado, vou começar a pensar nisso. Mas não tenho um dia preciso para anunciar. Pode ser em qualquer dia. Só não posso dizer que pode ser hoje porque não estou no Brasil", disse.
O presidente afirmou ainda que a reforma será realizada sem pressão. "Vamos fazer com tranqüilidade, não há nenhum problema. Acho que a reforma será produtiva para o governo, para a sociedade brasileira. Vamos fazê-la sem nenhuma pressão, sem pressa, porque as coisas estão indo bem."
Em seu discurso na AmBev, Lula se dirigiu ao presidente uruguaio, o esquerdista Tabaré Vázquez, que tomou posse anteontem e estava ao lado do petista. "A esperança aqui no Uruguai também venceu o medo", disse Lula, fazendo referência à frase dita por ele durante a campanha presidencial de 2002, quando venceu.
Repercussão
Ao ser perguntado sobre a repercussão de suas declarações a respeito de suposto caso de corrupção no governo anterior, Lula se mostrou aborrecido. "Um dia, vou perguntar para a imprensa o que ela acha da repercussão sobre o assunto", disse.
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