Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/01/2010 - 13h04

Inquérito sobre corrupção no DF pode ganhar novo relator no STJ

Publicidade

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça) que investiga o suposto esquema de corrupção no GDF (Governo do Distrito Federal) pode ganhar um novo relator. O ministro Fernando Gonçalves --responsável pela investigação que envolve o governador José Roberto Arruda (sem partido), secretários de governo, deputados distritais e empresários-- se aposenta em 28 de abril, ao completar 70 anos.

Gonçalves, que está de férias por causa do recesso do Judiciário até o dia 1º de fevereiro, terá pouco mais de dois meses para trabalhar no caso. Se não tiver concluído seu parecer final até lá, o processo será redistribuído para um dos 15 ministros da Corte Especial do tribunal.

Para que o relatório final sobre o caso seja concluído, o ministro precisa que o Ministério Público Federal tenha analisado o inquérito e tenha decidido se apresenta ou não a denúncia contra as 36 pessoas que até agora são investigadas.

A avaliação do Ministério Público sobre o caso está nas mãos da subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, que já afirmou que "há indícios consistentes do esquema de desvio e de apropriação de recursos públicos no Distrito Federal".

Quando retornar do recesso, Gonçalves deve analisar o levantamento realizado pela Secretaria de Fazenda do Distrito Federal com todos os contratos com empresas de informática feitos pelo Distrito Federal e os pedidos de quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados, inclusive de Arruda e de parlamentares distritais.

O relatório produzido pela secretária de Fazenda reforça a tese de defesa de Arruda de que o esquema começou no governo anterior e tenta mostrar ao tribunal que o principal responsável por gastos nessa área era o ex-governador Joaquim Roriz (PSC).

Segundo reportagem da Folha, o governo local teria gasto com informática cerca de R$ 2,3 bilhões desde 2000.

Os contratos entregues ao STJ somam R$ 463 milhões nos três anos de governo Arruda. De acordo com a assessoria do GDF, Arruda gastou R$ 155 milhões por ano, enquanto Roriz pagou R$ 276 milhões.

O governador é investigado pelo STJ e pelo Ministério Público Federal por suspeita de participar de um esquema de arrecadação e pagamento de propina a parlamentares aliados.

Os indícios apontam que parte dos recursos do esquema de corrupção teria origem em contratos na área de informática. Pelo menos quatro empresas do setor aparecem no inquérito do STJ: Infoeducacional, Vertax e Adler, Linknet.

Segundo o inquérito, R$ 600 mil teriam sido desviados dos contratos das empresas para o suposto esquema.

Apesar de estarem sob suspeita, as empresas ainda contam com recursos no Orçamento do Distrito Federal para este ano. A proposta orçamentária de 2010 --aprovada pela Câmara Legislativa após a operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investiga o suposto esquema, teria reservado cerca de R$ 165 milhões para essas empresas.

Comentários dos leitores
Igor Bevilaqua (857) 02/02/2010 12h10
Igor Bevilaqua (857) 02/02/2010 12h10
Corruptos de plantão nem bem entraram e já são caríssimos, dispendiosos..., esse dinheiro gasto, jamais vai voltar para o povo em um "custo benefício" adequado..., toda essa dinheirama R$ 613.000,00 ou R$ 7.000.000,00 não voltará jamais à população em forma de benefício algum..., vai sim rechear contas no exterior ou então meias e cuecas além de bolsas..., eles não tem um pingo de vergonha, são caras de pau e tem "CERTEZA DA IMPUNIDADE"..., impunidade essa apoiada totalmente pelo malfadado "stf". sem opinião
avalie fechar
helio marinho (55) 30/01/2010 21h07
helio marinho (55) 30/01/2010 21h07
É a Republica das "Alices",o Estado dos "Vigários",com essas ridiculas reuniões,de organizações criminosas,que tem o sinonimo partidos politicos,são guangues cuidando dos seus proprios e esclusos interesses,fazendo estripulias para fazer crê,que tudo que foi feito,mostrado e visto,não passou de um engano uma ilusão que nada realmente aconteceu e que o fim não era da corrupçao que assola e devasta o País em todos os seus segmentos;se fosse de fato houvesse uma justiça de "clareza solar",injetaria cianureto em cada um dos envolvidos diretamente nesse criminosos hediondo,que cometeram e comentem crimes contra os cidadões,o povo,a sociedade e contra o Estado;e sendo assim suas leis seriam levado a serio,e seus cidadões protegidos e a sociedade respeitada;um Estado que não é temido jamais sera amado e respeitado,pois, o amor a Deus vem do temor do inferno,mas como essas criaturas abominaveis não respeitam e nem crêem em nada,de a eles a ponta da agulha. 2 opiniões
avalie fechar
flavio petry (21) 30/01/2010 16h20
flavio petry (21) 30/01/2010 16h20
Num país de politicos incoerentes com os programas partidários, Aécio Neves foi coerente: Presidente da Republica ou Senador. 1 opinião
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (2305)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página