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07/03/2005
-
12h20
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Com a pauta travada na Câmara e no Senado, devido à necessidade de votação imediata de medidas provisórias, as atenções do Congresso nesta semana estão voltadas para a reforma ministerial.
Na Câmara, duas emendas constitucionais podem ter suas votações prejudicadas em função da espera da reforma. A primeira é a PEC (proposta de emenda constitucional) paralela da Previdência. A matéria vai para plenário, onde deve ter o final da sua votação em primeiro turno. A outra PEC na pauta é a reforma tributária. O plenário deve votar antes das PECs, a MP que regulamenta o uso do biodiesel.
A expectativa é de que a qualquer momento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dê início à reforma, já esperada desde outubro do ano passado. O partido que vê com maior interesse esta reforma é o PP.
O presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), tem deixado claro que quer maior espaço para seu partido na reforma. Severino espera no mínimo dois ministérios para o PP, que apesar de integrar a base aliada desde o início do governo, não ocupa qualquer ministério.
A busca de nomes dentro do PP tem sido a principal preocupação da legenda. O ex-líder, Pedro Henry (MT), é o mais cotado para ocupar uma vaga na esplanada. Seu nome já foi apresentado oficialmente pelo presidente do partido, deputado Pedro Corrêa (PE), para o presidente Lula.
Henry, no entanto, está desgastado dentro da bancada, devido a liberação de emendas do Orçamento do ano passado. O PP tem vários nomes, todos eles barrados pelo PT, como é o caso do ex-ministro do Trabalho no governo Fernando Henrique Cardoso, deputado Francisco Dornelles (RJ), e o deputado Delfim Netto (SP), ex-ministro da Agricultura, Fazenda e do Planejamento do período do regime militar.
Além dos nomes que circulam dentro do PP, e que causam resistência no PT, os ministérios que o partido gostaria de comandar, Saúde e Educação, são os de maior orçamento da Esplanada e historicamente são de interesse petista.
Aldo Rebelo
O presidente Lula deve decidir também nesta semana o futuro do ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo. Aldo vem sofrendo um processo de "fritura" comandado por uma ala do PT que quer a coordenação política de volta às mãos do partido e culpa diretamente o ministro pela derrota na eleição para a presidência da Câmara.
O nome do PT para substituir Aldo Rebelo é o do ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (SP). Outra possibilidade estudada é a extinção da coordenação política como um ministério à parte e sua incorporação à Casa Civil, da qual foi desmembrada na última reforma ministerial.
Outra decisão a ser tomada pelo presidente se refere ao espaço a ser dado ao PMDB. O presidente aguardou nas últimas semanas que o partido acabasse com as disputas internas, principalmente na Câmara, para definir o espaço do PMDB na reforma.
As brigas internas continuam e na avaliação do líder do partido no Senado, Ney Suassuna (PB), isto só enfraqueceu o partido perante o governo. "Não era o momento para se ter uma crise interna. Em vez de mostrarmos força, nos desunimos e acabamos perdendo espaço", avaliou Suassuna.
Há ainda a expectativa da acomodação da senadora licenciada pelo Maranhão, Roseana Sarney (PFL), dentro da reforma. A pasta a ser ocupada por Roseana ainda não foi definida. Para seu ingresso no ministério, ela precisa primeiro se recuperar de uma cirurgia e depois se desligar do PFL, partido pelo qual foi eleita por duas vezes governadora do seu Estado.
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Leia o que já foi publicado sobre a reforma ministerial
Reforma ministerial monopoliza atenções no Congresso
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da Folha Online, em Brasília
Com a pauta travada na Câmara e no Senado, devido à necessidade de votação imediata de medidas provisórias, as atenções do Congresso nesta semana estão voltadas para a reforma ministerial.
Na Câmara, duas emendas constitucionais podem ter suas votações prejudicadas em função da espera da reforma. A primeira é a PEC (proposta de emenda constitucional) paralela da Previdência. A matéria vai para plenário, onde deve ter o final da sua votação em primeiro turno. A outra PEC na pauta é a reforma tributária. O plenário deve votar antes das PECs, a MP que regulamenta o uso do biodiesel.
A expectativa é de que a qualquer momento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dê início à reforma, já esperada desde outubro do ano passado. O partido que vê com maior interesse esta reforma é o PP.
O presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), tem deixado claro que quer maior espaço para seu partido na reforma. Severino espera no mínimo dois ministérios para o PP, que apesar de integrar a base aliada desde o início do governo, não ocupa qualquer ministério.
A busca de nomes dentro do PP tem sido a principal preocupação da legenda. O ex-líder, Pedro Henry (MT), é o mais cotado para ocupar uma vaga na esplanada. Seu nome já foi apresentado oficialmente pelo presidente do partido, deputado Pedro Corrêa (PE), para o presidente Lula.
Henry, no entanto, está desgastado dentro da bancada, devido a liberação de emendas do Orçamento do ano passado. O PP tem vários nomes, todos eles barrados pelo PT, como é o caso do ex-ministro do Trabalho no governo Fernando Henrique Cardoso, deputado Francisco Dornelles (RJ), e o deputado Delfim Netto (SP), ex-ministro da Agricultura, Fazenda e do Planejamento do período do regime militar.
Além dos nomes que circulam dentro do PP, e que causam resistência no PT, os ministérios que o partido gostaria de comandar, Saúde e Educação, são os de maior orçamento da Esplanada e historicamente são de interesse petista.
Aldo Rebelo
O presidente Lula deve decidir também nesta semana o futuro do ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo. Aldo vem sofrendo um processo de "fritura" comandado por uma ala do PT que quer a coordenação política de volta às mãos do partido e culpa diretamente o ministro pela derrota na eleição para a presidência da Câmara.
O nome do PT para substituir Aldo Rebelo é o do ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (SP). Outra possibilidade estudada é a extinção da coordenação política como um ministério à parte e sua incorporação à Casa Civil, da qual foi desmembrada na última reforma ministerial.
Outra decisão a ser tomada pelo presidente se refere ao espaço a ser dado ao PMDB. O presidente aguardou nas últimas semanas que o partido acabasse com as disputas internas, principalmente na Câmara, para definir o espaço do PMDB na reforma.
As brigas internas continuam e na avaliação do líder do partido no Senado, Ney Suassuna (PB), isto só enfraqueceu o partido perante o governo. "Não era o momento para se ter uma crise interna. Em vez de mostrarmos força, nos desunimos e acabamos perdendo espaço", avaliou Suassuna.
Há ainda a expectativa da acomodação da senadora licenciada pelo Maranhão, Roseana Sarney (PFL), dentro da reforma. A pasta a ser ocupada por Roseana ainda não foi definida. Para seu ingresso no ministério, ela precisa primeiro se recuperar de uma cirurgia e depois se desligar do PFL, partido pelo qual foi eleita por duas vezes governadora do seu Estado.
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