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De olho nas eleições, deputado do DF vai recorrer contra expulsão do PSB
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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
Na tentativa de tentar a reeleição em outubro, o deputado distrital Rogério Ulysses (sem partido) disse nesta segunda-feira que vai recorrer à Executiva Nacional do PSB contra a decisão do comando regional do partido que o expulsou da legenda diante das denúncias de que teria participação no suposto esquema de pagamento de propina do governador José Roberto Arruda (sem partido).
Segundo Ulysses, a decisão foi uma "covardia" e ele precisa recuperar seus direitos políticos. Com a deliberação do PSB, Ulysses ficou sem bloco partidário e com isso fica impedido de participar das comissões da Câmara Legislativa e também de concorrer nas próximas eleições.
"Estou recorrendo porque foi uma covardia essa decisão. Não quero mais fazer parte do PSB, mas quero meus direitos políticos de volta. Quero passar pelo maior julgamento possível que é o julgamento das urnas, do eleitor. Eu sou inocente e vou provar isso", afirmou.
Ulysses disse que há uma diferença entre os parlamentares que aparecem nos vídeos gravados pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa recebendo suposto dinheiro de propina e os que são apenas citados no inquérito. "As imagens têm uma força maior. Ser citado não tem o mesmo impacto", disse.
O deputado defendeu que o presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (sem partido) --flagrado recebendo dinheiro de Durval e guardando no terno e nas meias e orando agradecendo a suposta propina-- deixe o comando da Casa. "A situação dele é mais complicada, ele ocupa o alto mais cargo da Casa e tem essas imagens que são mais chocantes", afirmou.
Em dezembro, por unanimidade, a executiva regional do PSB no Distrito Federal decidiu pela expulsão de Rogério Ulysses. Ele foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), quando a operação Caixa de Pandora foi deflagrada, no dia 27 de novembro.
Segundo o deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), a denúncia deixou a situação do distrital mais grave dentro do partido porque ele estava descumprindo orientações do comando para votar a favor de projetos do governador.
"O fato é grave e compromete a imagem do partido. Não podíamos tolerar. Ele vem de um processo desgastante com toda uma trajetória de descumprimento de decisões partidárias, principalmente na votação do PDOT [Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF]", disse.
Em depoimento ao Ministério Público Federal, Durval Barbosa, que delatou o esquema, afirmou que, para aprovar o PDOT, distritais alinhados com Arruda receberam R$ 420 mil.
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