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15/03/2005
-
21h16
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
Agricultores ligados à Via Campesina e ao MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) no Rio Grande do Sul fizeram hoje uma série de protestos para exigir do governo do Estado socorro às famílias atingidas pela seca. Em Porto Alegre, os agricultores fecharam o acesso ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.
Em um bloqueio na BR-386, próximo ao município de Sarandi (344 km a nordeste de Porto Alegre), uma equipe de reportagem da RBS TV, afiliada da Globo, teve o carro queimado e a câmera destruída por um grupo encapuzado.
O repórter Leonel Lacerda teve a roupa rasgada. Segundo ele, um agricultor tentou arrancar de sua mão o microfone e o celular, mas não conseguiu. Lacerda disse que eles foram retirados do local por lideranças do MPA.
A Polícia Rodoviária Federal informou que cerca de 2.000 agricultores participavam do bloqueio que começou anteontem pela manhã. Até as 19h de ontem, o bloqueio continuava. A BR-285, próximo a Lagoa Vermelha (310 km ao norte de Porto Alegre), foi fechada parcialmente ontem e houve uma caminhada na margem da BR-116, em Pelotas, no sul do Estado.
Rigotto
À tarde, agricultores foram recebidos pelo governador Germano Rigotto (PMDB) e apresentaram uma pauta de reivindicações. Segundo Mário Lill, coordenador da Via Campesina, os agricultores, entre outras demanda, pedem um auxílio de R$ 2.600, custeado também pelo governo federal, para a manutenção das famílias que perderam a lavoura de subsistência e estão sem ter o que comer até a próxima safra.
O chefe da Casa Civil do governo gaúcho, Alberto Oliveira, disse que será feito em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário um levantamento das famílias que necessitam de ajuda emergencial e um cálculo do valor a ser repassado. O trabalho deve ser concluído em 15 dias.
Em assembléia, os agricultores decidiram aguardar o prazo dado pelo governo e deixaram a frente do palácio. Sobre a destruição do carro da reportagem, Lill disse que a situação está tensa e que alguns agricultores perderam o controle.
"Não quero justifica a ação, mas insisto que é preciso olhar para os fatos e ir na raiz do problema. É uma questão social", disse Lill.
A RBS anunciou que divulgaria uma nota sobre o assunto, o que não aconteceu até as 19h.
Pelo menos 14 dos 433 municípios gaúchos que estão em situação de emergência por causa da estiagem tiveram o racionamento de água suspenso devido às chuvas do fim de semana. Cerca de 880 mil pessoas foram beneficiadas com a medida. Outros oito municípios do Estado continuam em racionamento.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MPA
Agricultores gaúchos bloqueiam BR e queimam carro de reportagem
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da Agência Folha
Agricultores ligados à Via Campesina e ao MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) no Rio Grande do Sul fizeram hoje uma série de protestos para exigir do governo do Estado socorro às famílias atingidas pela seca. Em Porto Alegre, os agricultores fecharam o acesso ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.
Em um bloqueio na BR-386, próximo ao município de Sarandi (344 km a nordeste de Porto Alegre), uma equipe de reportagem da RBS TV, afiliada da Globo, teve o carro queimado e a câmera destruída por um grupo encapuzado.
O repórter Leonel Lacerda teve a roupa rasgada. Segundo ele, um agricultor tentou arrancar de sua mão o microfone e o celular, mas não conseguiu. Lacerda disse que eles foram retirados do local por lideranças do MPA.
A Polícia Rodoviária Federal informou que cerca de 2.000 agricultores participavam do bloqueio que começou anteontem pela manhã. Até as 19h de ontem, o bloqueio continuava. A BR-285, próximo a Lagoa Vermelha (310 km ao norte de Porto Alegre), foi fechada parcialmente ontem e houve uma caminhada na margem da BR-116, em Pelotas, no sul do Estado.
Rigotto
À tarde, agricultores foram recebidos pelo governador Germano Rigotto (PMDB) e apresentaram uma pauta de reivindicações. Segundo Mário Lill, coordenador da Via Campesina, os agricultores, entre outras demanda, pedem um auxílio de R$ 2.600, custeado também pelo governo federal, para a manutenção das famílias que perderam a lavoura de subsistência e estão sem ter o que comer até a próxima safra.
O chefe da Casa Civil do governo gaúcho, Alberto Oliveira, disse que será feito em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário um levantamento das famílias que necessitam de ajuda emergencial e um cálculo do valor a ser repassado. O trabalho deve ser concluído em 15 dias.
Em assembléia, os agricultores decidiram aguardar o prazo dado pelo governo e deixaram a frente do palácio. Sobre a destruição do carro da reportagem, Lill disse que a situação está tensa e que alguns agricultores perderam o controle.
"Não quero justifica a ação, mas insisto que é preciso olhar para os fatos e ir na raiz do problema. É uma questão social", disse Lill.
A RBS anunciou que divulgaria uma nota sobre o assunto, o que não aconteceu até as 19h.
Pelo menos 14 dos 433 municípios gaúchos que estão em situação de emergência por causa da estiagem tiveram o racionamento de água suspenso devido às chuvas do fim de semana. Cerca de 880 mil pessoas foram beneficiadas com a medida. Outros oito municípios do Estado continuam em racionamento.
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