Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/03/2005 - 20h10

Câmara adia votação da cassação de André Luiz

Publicidade

da Folha Online

A Câmara dos Deputados adiou a votação do parecer do Conselho de Ética da Casa que na semana passada, por unanimidade, o relatório que pede a cassação do mandato do deputado federal André Luiz (sem partido-RJ), acusado de tentar extorquir R$ 4 milhões do empresário de jogos Carlos Cachoeira.

Na Comissão, foram 11 votos a favor do relatório do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). A presidência da Câmara tem, a partir do último dia 8, 40 dias para colocar o parecer em votação secreta no plenário da Câmara. A cassação só ocorre caso 257 dos 513 deputados votem a favor do parecer.

O caso envolvendo o deputado André Luiz (sem partido-RJ) está diretamente ligado às denúncias de corrupção envolvendo o ex-assessor do ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, Waldomiro Diniz.

Waldomiro Diniz foi flagrado em uma gravação de vídeo, feita pelo empresário do setor de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, exigindo propina.

As denúncias contra Diniz levaram à criação da CPI da Loterj (Loteria Estadual do Rio de Janeiro), na Assembléia Legislativa do Estado, já que o ex-assessor da presidência também presidiu a Loterj.

O deputado André Luiz foi denunciado por Carlinhos Cachoeira, por tentar tentar extorquir R$ 4 milhões do empresário para evitar que o nome dele fosse incluído no relatório da CPI da Loterj.

Pelo acordo proposto, o empresário do jogo pagaria R$ 100 mil por cada deputado estadual da Assembléia do Rio, num total de 40 deputados estaduais, para livrar seu nome. A veracidade da fita foi confirmada por peritos da Unicamp.

Após as denúncias publicadas pela imprensa, a Corregedoria da Câmara abriu processo de investigação contra André Luiz. Na época, o deputado sofreu um acidente de automóvel e não apresentou sua defesa. A partir daí, a tática de André Luiz para evitar a cassação do seu mandato tem sido alegar falta de amplo direito de defesa.

A Mesa diretora da Câmara, no final do ano passado, acatou o parecer da relatora indicada pela Corregedoria da Casa, deputada Iriny Lopes (PT-ES), que entendeu que houve quebra do decoro parlamentar por parte de André Luiz e encaminhou o caso para o Conselho de Ética, para que este delibere sobre a cassação ou não do mandato do deputado carioca.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página