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19/03/2005
-
08h43
da Agência Folha, em Recife
Em nota divulgada ontem pela manhã, o PFL criticou a atuação do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), desautorizando-o a falar em nome do Congresso, no caso de possíveis acordos para alterações na Medida Provisória 232, que prevê o aumento de impostos para empresas prestadoras de serviços.
Severino, por sua vez, atacou o Senado e rebateu as críticas contidas na nota oficial divulgada pelo PFL, durante almoço em sua homenagem oferecido pela Associação Nacional dos Policiais Federais, em Recife.
O texto do PFL, distribuído logo após ser escrito à mão pelo presidente nacional do partido, Jorge Bornhausen, em evento em Fortaleza, atacou também o governo Lula, acusando-o de usar a reforma ministerial como moeda de troca para aprovar a MP.
"O presidente Severino Cavalcanti não possui delegação do Congresso para fechar acordos com o governo sobre a MP 232, muito menos para falar em nome do PFL", diz um trecho da nota.
Anteontem, o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) fechou acordo com Cavalcanti para votar o texto da MP com alterações. A intenção do governo é elevar a base de cálculo da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e do Imposto de Renda de 32% para 40% da receita bruta das empresas prestadoras de serviços.
"Fechamos questão [contra a MP] e quem não estiver de acordo pode sair do partido", disse Bornhausen, em entrevista.
O presidente do PFL foi bastante enfático ao criticar a reforma ministerial, "um absurdo", segundo ele, por estar sendo usada como moeda de troca. Ele, no entanto, evitou criticar a nomeação, a um dos ministérios, de sua antiga aliada, Roseana Sarney (licenciada do PFL), que deverá se filiar ao PMDB ao assumir um dos cargos, ainda não definido.
Contra-ataque
Questionado sobre as críticas que vem recebendo pelos aumentos de gastos na Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti afirmou "fazer as coisas às claras, e não às escuras, como no Senado". Em relação à nota oficial do PFL, Severino disse: "Não tenho satisfação a dar a derrotados", numa alusão à derrota de José Carlos Aleluia (PFL-BA) para a presidência da Câmara.
"Se ele disse isso [que está na nota], ele é um farsante. Eu não negociei em nome do PFL e nem vou tirar as atribuições de ninguém. Ele precisa tomar conta do partido dele e das derrotas que tem sofrido."
Sobre o recuo do governo na MP 232, o presidente da Câmara afirmou que foram atendidos os "reclames de toda a sociedade, que encontraram eco na presidência da Câmara".
PFL critica negociação de Severino para votar MP 232
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Em nota divulgada ontem pela manhã, o PFL criticou a atuação do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), desautorizando-o a falar em nome do Congresso, no caso de possíveis acordos para alterações na Medida Provisória 232, que prevê o aumento de impostos para empresas prestadoras de serviços.
Severino, por sua vez, atacou o Senado e rebateu as críticas contidas na nota oficial divulgada pelo PFL, durante almoço em sua homenagem oferecido pela Associação Nacional dos Policiais Federais, em Recife.
O texto do PFL, distribuído logo após ser escrito à mão pelo presidente nacional do partido, Jorge Bornhausen, em evento em Fortaleza, atacou também o governo Lula, acusando-o de usar a reforma ministerial como moeda de troca para aprovar a MP.
"O presidente Severino Cavalcanti não possui delegação do Congresso para fechar acordos com o governo sobre a MP 232, muito menos para falar em nome do PFL", diz um trecho da nota.
Anteontem, o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) fechou acordo com Cavalcanti para votar o texto da MP com alterações. A intenção do governo é elevar a base de cálculo da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e do Imposto de Renda de 32% para 40% da receita bruta das empresas prestadoras de serviços.
"Fechamos questão [contra a MP] e quem não estiver de acordo pode sair do partido", disse Bornhausen, em entrevista.
O presidente do PFL foi bastante enfático ao criticar a reforma ministerial, "um absurdo", segundo ele, por estar sendo usada como moeda de troca. Ele, no entanto, evitou criticar a nomeação, a um dos ministérios, de sua antiga aliada, Roseana Sarney (licenciada do PFL), que deverá se filiar ao PMDB ao assumir um dos cargos, ainda não definido.
Contra-ataque
Questionado sobre as críticas que vem recebendo pelos aumentos de gastos na Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti afirmou "fazer as coisas às claras, e não às escuras, como no Senado". Em relação à nota oficial do PFL, Severino disse: "Não tenho satisfação a dar a derrotados", numa alusão à derrota de José Carlos Aleluia (PFL-BA) para a presidência da Câmara.
"Se ele disse isso [que está na nota], ele é um farsante. Eu não negociei em nome do PFL e nem vou tirar as atribuições de ninguém. Ele precisa tomar conta do partido dele e das derrotas que tem sofrido."
Sobre o recuo do governo na MP 232, o presidente da Câmara afirmou que foram atendidos os "reclames de toda a sociedade, que encontraram eco na presidência da Câmara".
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