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21/03/2005 - 18h56

PMDB não vai abrir mão das Comunicações, diz Calheiros

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Apesar de o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, ter declarado na manhã de hoje que o PMDB não fará nenhuma oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) declarou à tarde que a sigla não abre mão da pasta das Comunicações na reforma ministerial. O PP também pleiteia a pasta.

"O Eunício é a prioridade do PMDB na Câmara. Em todos os momentos nós deixamos isso absolutamente claro [ao governo]. A prioridade do PMDB é manter o Eunício no Ministério das Comunicações", disse Calheiros se referindo à cota do PMDB no governo. Pelo acordo, as bancadas do PMDB na Câmara e no Senado indicam, cada uma, um nome do partido para o governo. Em troca, garantem apoio nas votações de interesse do governo federal.

Segundo Calheiros, a Previdência deverá mesmo ficar com o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Hoje, a pasta é ocupada por Amir Lando, também indicado pelo PMDB. "O presidente quer fazer uma reforma radical na Previdência. Quer reduzir o déficit, caso contrário terá de fazer a terceira reforma da Previdência."

Calheiros afirmou que o governo quer "que o partido indique alguém que tenha o perfil próximo disso". "Um dos nomes que está se discutindo é do senador Romero Jucá em função dessa exigência do presidente [Lula] e dessa necessidade."

Segundo ele, a entrada da senadora Roseana Sarney (PFL-MA) não será debitada da cota de participação do PMDB no governo. "A Roseana é prioridade não apenas do PMDB, mas é uma prioridade suprapartidária. Cabe ao presidente [Lula] definir qual ministério ela vai ocupar."

Calheiros explicou que o PMDB não tem interesse pela Integração Nacional pela falta de orçamento da pasta. "A Integração é importante quando você tem limite orçamentário para investimento. Quando você não tem, significa que você terá relação complicada com Congresso e com partidos."

Desfecho

Calheiros disse ainda que espera um desfecho até amanhã para a reforma ministerial. "Consideramos que a reforma possa ser anunciada amanhã. Esperamos que esse processo tenha um fim e que seja, quem sabe, amanhã."

Segundo ele, o PMDB espera ter noção da profundidade dessa reforma no encontro de amanhã. "A gente não está tendo a exata dimensão da reforma, que profundidade vai ter, qual o tempo dela. Vamos conversar tudo com ele [Lula]."

Deverão participar do encontro com o Lula os ministro Eunício Oliveira (Comunicações) e Amir Lando (Previdência), o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), o líder do PMDB no Senado, Ney Sussuana (PB) e o líder da sigla na Câmara, José Borba (PR).

O encontro com Lula está marcado para às 9h de amanhã no Palácio do Planalto

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