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31/03/2005
-
21h22
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
Após 31 dias, uma greve de fome e duas tentativas de negociação, 2.500 agricultores do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) deixaram hoje o prédio da superintendência do Incra, em Maceió, invadido desde o dia 28 de fevereiro. Ele suspenderam também o acampamento em uma praça.
Os sem-terra deixam a capital sem ver atendida a sua principal reivindicação: a exoneração do superintendente do órgão, Gino César Menezes. No entanto, saíram com uma espécie de intervenção política na superintendência.
O fim da mobilização foi negociado com o presidente do Incra, Rolf Hackbart, em Maceió, anteontem à noite. Na reunião, ficou acertado que dois técnicos do Incra farão a interlocução entre o Incra-AL e o MST. Eles irão acompanhar o cumprimento da pauta de 17 itens do movimento. Entre as reivindicações estão a entrega de cestas básicas, assistência técnica aos assentados e crédito para construção de casas.
Para o líder do MST no Estado, José Roberto da Silva, não houve recuo por parte do movimento.
"Não foi uma derrota. O superintendente não tem mais condições de continuar no cargo, pois conseguimos mostrar a farsa que ele é", disse Silva.
O MST acusa Menezes de incentiva o conflito entre os sem-terra no Estado ao indicar a mesma área para dois movimentos e prejudicar o MST em benefício de outros grupos.
Menezes nega que existam privilégios e que, antes mesmo de assumir o cargo, em abril de 2004, já havia iniciado uma reorganização dos sem-terra no Estado, o que motivou o esvaziamento do MST.
Para Menezes, "houve um desgaste [entre o Incra-AL e o MST] depois de todo esse processo", o que justifica a ida de técnico para discutir com o MST no Estado.
O prédio do Incra ficará fechado até que a Polícia Federal faça uma vistoria nas instalações. Durante o período da mobilização, a PF abriu dois inquéritos para apurar as responsabilidades pela destruição de uma caminhonete usada pelo Incra e um saque em um armazém da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MST
MST deixa prédio do Incra em Maceió
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da Agência Folha
Após 31 dias, uma greve de fome e duas tentativas de negociação, 2.500 agricultores do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) deixaram hoje o prédio da superintendência do Incra, em Maceió, invadido desde o dia 28 de fevereiro. Ele suspenderam também o acampamento em uma praça.
Os sem-terra deixam a capital sem ver atendida a sua principal reivindicação: a exoneração do superintendente do órgão, Gino César Menezes. No entanto, saíram com uma espécie de intervenção política na superintendência.
O fim da mobilização foi negociado com o presidente do Incra, Rolf Hackbart, em Maceió, anteontem à noite. Na reunião, ficou acertado que dois técnicos do Incra farão a interlocução entre o Incra-AL e o MST. Eles irão acompanhar o cumprimento da pauta de 17 itens do movimento. Entre as reivindicações estão a entrega de cestas básicas, assistência técnica aos assentados e crédito para construção de casas.
Para o líder do MST no Estado, José Roberto da Silva, não houve recuo por parte do movimento.
"Não foi uma derrota. O superintendente não tem mais condições de continuar no cargo, pois conseguimos mostrar a farsa que ele é", disse Silva.
O MST acusa Menezes de incentiva o conflito entre os sem-terra no Estado ao indicar a mesma área para dois movimentos e prejudicar o MST em benefício de outros grupos.
Menezes nega que existam privilégios e que, antes mesmo de assumir o cargo, em abril de 2004, já havia iniciado uma reorganização dos sem-terra no Estado, o que motivou o esvaziamento do MST.
Para Menezes, "houve um desgaste [entre o Incra-AL e o MST] depois de todo esse processo", o que justifica a ida de técnico para discutir com o MST no Estado.
O prédio do Incra ficará fechado até que a Polícia Federal faça uma vistoria nas instalações. Durante o período da mobilização, a PF abriu dois inquéritos para apurar as responsabilidades pela destruição de uma caminhonete usada pelo Incra e um saque em um armazém da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
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