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20/01/2010 - 08h52

Justiça ouve hoje ex-ministro da Fazenda em processo sobre empréstimos ao PT

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da Folha Online

O juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Federal de São Paulo, vai ouvir nesta quarta-feira mais cinco depoimentos de testemunhas de defesa da ação penal que investiga o empréstimo de R$ 10 milhões do banco BMG ao PT, entre elas o economista Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda.

Também serão ouvidos o ex-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) João Antônio Felício, Maurizio Mauro, José Barreto da Silva Neto e Ricardo Gelbaum. Maílson da Nóbrega irá testemunhar a favor do diretor do BGM, João Batista de Abreu.

A ação tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) e o relator é o ministro Joaquim Barbosa. O processo é um desdobramento da ação penal que investiga o mensalão, que também está no STF e tem 39 réus. Na ação sobre os empréstimos, são 11 réus, entre eles o deputado federal José Genoino (PT-SP) e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Ainda são alvos da ação o empresário Marcos Valério, a mulher dele, Reinalda Fernandes de Souza, e os sócios Cristiano de Mello Paz, Ramon Hollerbach Cardoso e Rogério Lanza Tolentino.

Os diretores do BMG Ricardo Annes Guimarães, João Batista de Abreu, Márcio Alaôr de Araújo e Flávio Pentagna Guimarães também respondem nesse processo por crimes contra o sistema financeiro.

A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais, em dezembro de 2006, à Justiça Federal, mas subiu ao STF porque Genoino, como deputado, tem foro privilegiado. O plenário do STF aceitou o recebimento da denúncia em setembro de 2008 para a abertura da ação.

Para acelerar o andamento do processo, o ministro Joaquim Barbosa determinou que juízes federais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais ouvissem as testemunhas. Como o processo trata de crimes financeiros, a ação foi parar na vara do juiz De Sanctis, que é especializada nesse tipo de crime.

Ontem, foram três das quatro testemunhas indicadas por Genoino --Sérgio Honório Guerisoli de Carvalho, Clive José Vieira Botelho e Oswaldo Abreu e Milton Luiz de Melo Santos. Uma delas não compareceu. A ex-assessora contábil do PT, Geuza Ferreira Selin, havia sido indicada como testemunha, mas o deputado pediu para dispensá-la.

Nenhum dos réus esteve presente no Fórum Federal de São Paulo durante o depoimento, na tarde desta terça-feira. A audiência, conduzida pelo juiz De Sanctis, foi a portas fechadas.

Denúncia

Segundo a denúncia do Ministério Público, a liberação de recursos pelo BMG ao PT e às empresas ligadas a Marcos Valério foi irregular porque a situação financeira deles era incompatível com o valor emprestado.

Normas do Banco Central sobre financiamentos também não teriam sido respeitadas na transação.

Ainda de acordo com o Ministério Público, o banco BMG obteve vantagens ao fazer o negócio com o partido, quando recebeu a permissão de fazer empréstimos consignados a servidores públicos e pensionistas e aposentados do INSS. As penas variam de três a 12 anos de prisão.

Comentários dos leitores
Francisco Silva (358) 20/01/2010 18h45
Francisco Silva (358) 20/01/2010 18h45
Rui,
Mau Político é um Pleonasmo Vicioso. Algo como subir para cima, entrar para dentro ou sair para fora...
sem opinião
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Rui Ruz Caputi Caputi (1912) 19/01/2010 16h41
Rui Ruz Caputi Caputi (1912) 19/01/2010 16h41
Nossos maus politicos são como animais carniceiros comendo nossa carcaça, enquanto não restarem apenas nossos ossos não largarão a mamata. 2 opiniões
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Francisco Silva (358) 19/01/2010 14h19
Francisco Silva (358) 19/01/2010 14h19
Não vi na notícia do mensalão referência ao Gov. José Serra, mas sim ao PT, ao José DIRCEU, Luiz Gushiken, etc.
Eu vejo os desesperados PeTófilos quererem associar tudo de ruim ao nome de Serra, das chuvas (o dobro da média para o período) às mortes pelas chuvas (muito menos do que no Rio de Janeiro - Angra dos Reis e Ilha grande, cidades e estado governados pelo PMDB, aliados do PT), à enchente no Jardim Pantanal, instalado lá há quase 40 anos, ou seja passou por Abreu Sodré, Maluf, Pitta, Jânio, Erundina, Marta, Serra e Kassab (não nesta ordem), em área de invasão, notadamente em cota mais baixa que o rio Tietê. Agora a culpa é do Serra...
Daqui mais um pouco vamos ler comentários afirmando que o terremoto no Haiti foi culpa do Serra...
É cômico o desespero desse pessoal.
10 opiniões
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