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06/04/2005
-
16h40
da Folha Online
O ativista Cláudio Nascimento, presidente do GAI (Grupo Arco-Íris de Conscientização Homossexual) e secretário de Direitos Humanos da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros) divulgou uma nota nesta quarta-feira repudiando as recentes declarações do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), e do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eusébio Scheid, sobre a inserção de gays na sociedade.
"Os claros sinais de que a sociedade vem respeitando a diversidade sexual, repudiando manifestações de homofobia e respeitando seus cidadãos sem distinção de orientação sexual (cuja prova máxima dessa constatação foi a vitória do professor Jean Wyllys no programa Big Brother Brasil 5) parece que não sensibiliza pessoas como o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, e o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eusébio Scheid", diz a nota.
Na segunda-feira, Severino defendeu a censura de beijo gay na TV. "Eu daria zero para aqueles programas onde aparece mulher beijando mulher e homem beijando homem. Não só novelas, mas programas de um modo geral. Mas aproveitam as novelas para apresentar esses temas que só fazem ferir a família brasileira", afirmou na ocasião o presidente da Câmara.
Já dom Eusébio Scheid afirmou ontem que o presidente Lula "não é católico, e sim caótico". "O seu relacionamento com os gays. Quem foi que aprovou tudo aquilo? Deixou todos nós perplexos", declarou dom Eusébio.
"Ao que parece, os dois líderes acima citados, preferem manter um pensamento retrógrado, reacionário e autoritário ao invés de respeitar fato de que vivemos numa nação democrática e laica, construída por homens e mulheres livres e com direito a se expressar com liberdade e dignidade. Não medem o peso de suas palavras e o quanto essa atitude pode contribuir para reforçar o preconceito e incitar a violência contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros --antes de tudo, cidadãos brasileiros", afirma a nota.
Ainda segundo a nota, "tanto dom Eusébio quanto Severino Cavalcanti falam muito em respeito, proteção à família, linha humana... mas, na verdade, esse é um discurso pérfido, limitado aos seus dogmas e convicções, que na verdade só mascara um julgamento moral. Ambos deixam claro, a todo o momento, que não têm o menor compromisso em atuar pelo bem da sociedade como um todo. Preferem acreditar na mísera idéia de que são os defensores do melhor para o desenvolvimento da humanidade e da sociedade brasileira".
"Nós, ativistas, representantes da comunidade GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) e cidadãos brasileiros temos plena consciência dos nossos direitos. Vamos continuar insistindo na defesa das políticas de promoção da diversidade sexual e lutando para fazer valer nossas conquistas, a exemplo do programa do governo federal Brasil sem Homofobia (um conjunto de ações com o objetivo de promover a cidadania, os direitos humanos, o combate ao preconceito e a discriminação contra GLBT). Sabemos que esse é um caminho árduo, mas não intransponível --apenas um desafio para a nossa luta cotidiana pelo respeito e dignidade", diz a nota.
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O ativista Cláudio Nascimento, presidente do GAI (Grupo Arco-Íris de Conscientização Homossexual) e secretário de Direitos Humanos da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros) divulgou uma nota nesta quarta-feira repudiando as recentes declarações do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), e do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eusébio Scheid, sobre a inserção de gays na sociedade.
"Os claros sinais de que a sociedade vem respeitando a diversidade sexual, repudiando manifestações de homofobia e respeitando seus cidadãos sem distinção de orientação sexual (cuja prova máxima dessa constatação foi a vitória do professor Jean Wyllys no programa Big Brother Brasil 5) parece que não sensibiliza pessoas como o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, e o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eusébio Scheid", diz a nota.
Na segunda-feira, Severino defendeu a censura de beijo gay na TV. "Eu daria zero para aqueles programas onde aparece mulher beijando mulher e homem beijando homem. Não só novelas, mas programas de um modo geral. Mas aproveitam as novelas para apresentar esses temas que só fazem ferir a família brasileira", afirmou na ocasião o presidente da Câmara.
Já dom Eusébio Scheid afirmou ontem que o presidente Lula "não é católico, e sim caótico". "O seu relacionamento com os gays. Quem foi que aprovou tudo aquilo? Deixou todos nós perplexos", declarou dom Eusébio.
"Ao que parece, os dois líderes acima citados, preferem manter um pensamento retrógrado, reacionário e autoritário ao invés de respeitar fato de que vivemos numa nação democrática e laica, construída por homens e mulheres livres e com direito a se expressar com liberdade e dignidade. Não medem o peso de suas palavras e o quanto essa atitude pode contribuir para reforçar o preconceito e incitar a violência contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros --antes de tudo, cidadãos brasileiros", afirma a nota.
Ainda segundo a nota, "tanto dom Eusébio quanto Severino Cavalcanti falam muito em respeito, proteção à família, linha humana... mas, na verdade, esse é um discurso pérfido, limitado aos seus dogmas e convicções, que na verdade só mascara um julgamento moral. Ambos deixam claro, a todo o momento, que não têm o menor compromisso em atuar pelo bem da sociedade como um todo. Preferem acreditar na mísera idéia de que são os defensores do melhor para o desenvolvimento da humanidade e da sociedade brasileira".
"Nós, ativistas, representantes da comunidade GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) e cidadãos brasileiros temos plena consciência dos nossos direitos. Vamos continuar insistindo na defesa das políticas de promoção da diversidade sexual e lutando para fazer valer nossas conquistas, a exemplo do programa do governo federal Brasil sem Homofobia (um conjunto de ações com o objetivo de promover a cidadania, os direitos humanos, o combate ao preconceito e a discriminação contra GLBT). Sabemos que esse é um caminho árduo, mas não intransponível --apenas um desafio para a nossa luta cotidiana pelo respeito e dignidade", diz a nota.
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