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21/01/2010 - 13h00

De olho nas eleições, PMDB antecipa para 6 de fevereiro convenção nacional do partido

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), confirmou nesta quinta-feira a antecipação da convenção nacional do partido que vai escolher o novo presidente da legenda. Temer disse que a mudança não tem ligação com a decisão do PMDB de indicá-lo para a vice-presidência na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto --uma vez que, segundo ele, o partido tem "muitos nomes" para a vaga.

Ontem à noite, em jantar, a cúpula do PMDB decidiu antecipar de 10 de março para o dia 6 de fevereiro a convenção da legenda que vai escolher o novo presidente do PMDB. A mudança seria uma tentativa de fortalecer o nome de Temer para a vice, apesar da negativa do presidente da Câmara dos Deputados.

"A matéria referente à candidatura à vice-presidência não foi tema de apreciação. Ela só será discutida quando consolidar-se a aliança eleitoral, sendo certo que o PMDB possui inúmeros nomes capazes de ocupar essa vaga, o que será objeto de futuras conversações", disse.

Segundo Temer, o foco do jantar foi discutir a mudança na data da convenção. "[No jantar] Discutiu-se a realização de convenção nacional, que deverá dar-se obrigatoriamente até o mês de março. Foi definido, por unanimidade, o dia 6 de fevereiro para realização do encontro. Analisou-se também o cenário político peemedebista nos Estados brasileiros. Só", afirmou.

Interlocutores do PMDB afirmam que Temer, licenciado da presidência do PMDB, vai disputar a reeleição para mostrar que, com o apoio dos colegas, tem força dentro do partido para se lançar à vice-presidência.

A reeleição de Temer para comandar o partido integra a estratégia dos peemedebistas de garantir a sua indicação na chapa de Dilma. A expectativa é que Temer, depois de eleito presidente do PMDB, peça afastamento do cargo para se dedicar integralmente à campanha presidencial.

A antecipação das eleições seria a maneira de acelerar a composição da chapa com Dilma, antes que o PT comece a flertar com outras legendas aliadas.

Os peemedebistas temem, por exemplo, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva consiga convencer o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) a integrar uma chapa com Dilma --o que tiraria o partido da aliança.

O grupo ainda está preocupado com impasses regionais que poderiam inviabilizar a chapa, já que em muitos Estados não há possibilidade da coligação nacional se repetir em nível estadual.

A decisão de antecipar a escolha do presidente da legenda foi referendada por Temer, Sarney, Renan e o restante da cúpula do partido: o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (pré-candidato ao governo da Bahia), e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (filiado no ano passado), entre outros caciques.

O ministro Hélio Costa (Comunicações) e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), se ausentaram do jantar porque estão fora de Brasília.

Divisão

Atualmente, o PMDB é dividido em três grupos. A cúpula do partido, chefiada por Temer e pelos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), defende a chapa com o PT.

Outro grupo, que tem à frente o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), defende a aliança com o PSDB este ano.

Por fim, há um grupo favorável à candidatura própria à Presidência da República, que lançou o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), como pré-candidato dentro do partido.

Em meio à divisão, a cúpula insiste que tem maioria para aprovar dentro da legenda a aliança com o PT. O núcleo peemedebista, porém, ficou irritado com o recado do presidente Lula, que chegou a pedir para o partido indicar três nomes para que o PT escolhesse quem seria o vice da ministra.

Diante do mal-estar, Lula recuou na proposta, enquanto os peemedebistas enfatizam que o nome oficial da legenda para a chapa é o de Temer.

Comentários dos leitores
petra fan (32) 02/02/2010 21h26
petra fan (32) 02/02/2010 21h26
o sindicato que está no poder passou 20 anos jurando que queria governar para mudar "tudo isso que está aí".
hoje, tem uma escumalha a compor sua base de governo, institutos de pesquisa amigos que lhe conseguem amostras sortudas, e uma tropa de tonton macoutes a demonstrar sua verve "democrática" na internet.
é impressionante.
sem opinião
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Claudio Rocha (434) 02/02/2010 20h00
Claudio Rocha (434) 02/02/2010 20h00
Quando governo é atuante os desastres provocados pela natureza são diminuidas. O que ocorre em SP com as enchentes é igual ao que ocorreu no governo Bush em New Orleans, USA, com o KATRINA. onde o governo, todos sabiam a quem defendia e a quem representava. O que permitiu que um fenomeno da natureza devastasse a cidade, mostrando o sofrimento e a miseria que os poderosos tanto se empenham em esconder....São Paulo uma cidade triste, população se sente abandonada por aqueles no qual confiou seu voto.... Esse deveria ser o lema do PSDB: Brasil um Pais para poucos 5 opiniões
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Você sabia que no Paraguai (que não tem nenhum poço de petróleo) a gasolina custa R$ 1,45 o litro e sem adição de álcool . Na Argentina, Chile e Uruguai que juntos (somados os 3) produzem menos de 1/5 da produção brasileira, o preço da gasolina gira em torno de R$ 1,70 o litro e sem adição de álcool. Você sabia, que já desde o ano de 2007 e conforme anunciado aos "quatro ventos" pelo LULA e sua Ministra DILMA... o Brasil já é AUTO-SUFICIENTE em petróleo e possui a TERCEIRA maior reserva de petróleo do MUNDO.
Realmente, só tem uma explicação para pagarmos R$ 2,67 o litro: a GANÂNCIA do Governo com seus impostos e a busca desenfreada dos lucros exorbitantes da nossa querida e estimada estatal brasileira que refina o petróleo por ela mesma explorado nas "terras tupiniquins", então o "velho PT", lembram-se deles, quando oposição???Vão ao MP,contra o Serra devido as enchentes........e dá para entender???
8 opiniões
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