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12/04/2005 - 20h50

Polícia Federal prende dois doleiros em Curitiba

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JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina

A Polícia Federal prendeu hoje, em Curitiba, os doleiros Paulo Roberto Krug e Leandro Henrique Piaceski, pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e contra o sistema financeiro nacional. Outros quatro mandados de prisão em São Paulo e um em Curitiba, pelos mesmos crimes, não foram cumpridos pela Polícia Federal.

As prisões fazem parte da segunda etapa da operação Zero Absoluto, que busca prender empresários e doleiros e repatriar dinheiro bloqueado em contas nos Estados Unidos. As investigações contam com o apoio do Ministério Público dos EUA.

Os empresários Hélio Renato Laniado, Eliott Maurice Eskinazi, Renato Bento Maudonnet Júnior e Dany Lederman, acusados de operarem ilegalmente US$ 1,2 bilhão em sete contas (seis nos EUA e uma na Suíça), entre os anos de 1995 e 2002, não foram localizados pela PF e estão considerados foragidos pela Justiça Federal.

É a segunda vez que o economista e empresário Hélio Renato Laniado escapa de um mandado de prisão preventiva. A primeira decretação de sua prisão preventiva ocorreu em 17 de agosto do ano passado, durante a operação Farol da Colina, também desencadeada pelo força-tarefa da Justiça Federal, PF e Ministério Público Federal.

Laniado já responde a outra ação na Justiça Federal, acusado de movimentar ilegalmente US$ 698 milhões em contas nos EUA através da offshore Watson Finance, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas e com movimentação financeira nos EUA. Denúncia contra ele foi acatada pela Justiça Federal em janeiro deste ano.

A nova decretação de prisão preventiva de Laniado e dos outros quatro foi baseada em provas, levantadas pelo Ministério Público nos EUA, de que formavam um quadrilha para operar contas de cinco "offshores" no Caribe, uma no Uruguai e seis contas em bancos dos EUA. O grupo tem ainda US$ 3,6 milhões bloqueados pela Justiça americana em duas contas em Nova York.

Sócio do doleiro Paulo Roberto Krug em operações na conta Pacif Way , no Merchants Bank em Nova York, o empresário Clayton Marcelo de Souza, também com prisão decretada, está foragido.

Krug e Piaceski, presos na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, não haviam recebido, até as 18h50 de ontem, a visita de advogados. A Folha não conseguiu também falar na casa de Krug, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba). A mulher dele, Mônica Santos Alves, também foi denunciada com outras quatro pessoas, que não tiveram prisões decretadas pela Justiça Federal. Os advogados dos cinco empresários considerados foragidos pela Justiça Federal também não foram localizados pela reportagem.

Dany Lederman cumpriu a pena e obteve em 2019 a reabilitação criminal, benefício jurídico que restitui ao condenado a sua situação anterior à sentença, incluindo retirar de sua ficha antecedentes criminais.

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