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13/04/2005
-
14h08
da Folha Online
O coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Pernambuco, Jaime Amorim, afirmou nesta quarta-feira que os fazendeiros contrataram seguranças armados que ameaçam expulsar os trabalhadores das áreas invadidas.
"Há quatro anos o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] não consegue cumprir as metas estabelecidas pelo próprio instituto para promover a reforma agrária no Estado", afirmou o coordenador.
A superintendente do Incra em Pernambuco, Maria de Oliveira, reconheceu que a situação fundiária no Estado é complicada. Ela citou como um dos empecilhos para agilizar o processo de reforma agrária o tamanho das propriedades em comparação com outras regiões do país.
"No sul e sudeste, a cada três imóveis desapropriados, é possível assentar um número significativo de famílias, enquanto aqui em Pernambuco o território das áreas desapropriadas é muito pequeno", explicou.
Jaime Amorim disse que a lentidão da reforma agrária vem provocando "angústia e revolta" nos movimentos sociais do Estado, que este mês promoveram 26 ocupações de fazendas e engenhos, duas delas em áreas de conflito. Ele revelou ainda que é tenso o clima nas fazendas Uberaba, em Bonito (132 km de Recife), e Engenho Cangaia, em Belém de Maria.
Dados da CPT (Comissão Pastoral da Terra) indicam que a disputa pela posse de imóveis rurais gerou 35 conflitos agrários no ano passado, que resultaram em cinco trabalhadores assassinados e 25 prisões.
A superintendente do Incra apontou outros problemas para agilizar o processo: as ações judiciais movidas pelos proprietários, com questionamentos sobre procedimentos adotados pelo Incra para obtenção das terras.
Além disso, o custo da notificação judicial é alto. Maria de Oliveira diz que, muitas vezes, a comunicação é prejudicada porque precisa ser feita por meio de publicação de editais em três jornais de circulação no Estado, com custo alto, em torno de R$ 9 mil cada um.
A meta do governo é assentar 8.800 famílias de trabalhadores rurais até o final de 2005. De janeiro até agora apenas 100 famílias foram beneficiadas com terra, em cinco imóveis rurais. No ano passado, o número de assentamentos no Estado foi de 3.056 famílias.
Com Agência Brasil
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O coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Pernambuco, Jaime Amorim, afirmou nesta quarta-feira que os fazendeiros contrataram seguranças armados que ameaçam expulsar os trabalhadores das áreas invadidas.
"Há quatro anos o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] não consegue cumprir as metas estabelecidas pelo próprio instituto para promover a reforma agrária no Estado", afirmou o coordenador.
A superintendente do Incra em Pernambuco, Maria de Oliveira, reconheceu que a situação fundiária no Estado é complicada. Ela citou como um dos empecilhos para agilizar o processo de reforma agrária o tamanho das propriedades em comparação com outras regiões do país.
"No sul e sudeste, a cada três imóveis desapropriados, é possível assentar um número significativo de famílias, enquanto aqui em Pernambuco o território das áreas desapropriadas é muito pequeno", explicou.
Jaime Amorim disse que a lentidão da reforma agrária vem provocando "angústia e revolta" nos movimentos sociais do Estado, que este mês promoveram 26 ocupações de fazendas e engenhos, duas delas em áreas de conflito. Ele revelou ainda que é tenso o clima nas fazendas Uberaba, em Bonito (132 km de Recife), e Engenho Cangaia, em Belém de Maria.
Dados da CPT (Comissão Pastoral da Terra) indicam que a disputa pela posse de imóveis rurais gerou 35 conflitos agrários no ano passado, que resultaram em cinco trabalhadores assassinados e 25 prisões.
A superintendente do Incra apontou outros problemas para agilizar o processo: as ações judiciais movidas pelos proprietários, com questionamentos sobre procedimentos adotados pelo Incra para obtenção das terras.
Além disso, o custo da notificação judicial é alto. Maria de Oliveira diz que, muitas vezes, a comunicação é prejudicada porque precisa ser feita por meio de publicação de editais em três jornais de circulação no Estado, com custo alto, em torno de R$ 9 mil cada um.
A meta do governo é assentar 8.800 famílias de trabalhadores rurais até o final de 2005. De janeiro até agora apenas 100 famílias foram beneficiadas com terra, em cinco imóveis rurais. No ano passado, o número de assentamentos no Estado foi de 3.056 famílias.
Com Agência Brasil
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