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18/04/2005 - 11h26

Lula diz que dívida com indígenas vai além de homologar terras

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da Folha Online

Depois de efetivar a homologação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, na última sexta-feira, o desafio do governo federal é oferecer benefícios que garantam sustentabilidade aos índios que vivem na região.

Na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o resgate da dívida com os indígenas vai muito além da homologação definitiva das terras. "Não basta demarcar a área, não basta homologar. Uma vez homologada, uma vez demarcada, é preciso que a gente dê acesso a benefícios que todo ser humano tem que ter, acesso ao trabalho, ao conhecimento, à saúde, à alimentação, à educação. São coisas que nós temos que fazer", afirmou Lula nesta segunda-feira, durante o programa de rádio "Café com o Presidente", transmitido pela Radiobrás.

Lula também afirmou que o governo federal vem conseguindo garantir esses benefícios à população brasileira, mas admitiu que o ritmo de implementação das medidas às vezes é mais lento do que a sua própria vontade. "Estamos fazendo. Possivelmente, não no ritmo que nós mesmos desejamos fazer, mas no ritmo em que a gente pode fazer", disse.

Segundo o presidente, o Brasil tem dívidas "seculares" com os pobres, índios, nordestinos e sem-terra. E por serem dívidas históricas, ele afirmou que não é possível "pagá-las de uma única vez".

O presidente afirmou ainda que o governo federal vai continuar com o processo de demarcação de outras terras indígenas no país. "Vamos continuar demarcando outras terras, porque temos que pagar a dívida que temos com os índios. Afinal de contas, temos que reconhecer que eles têm direito, mais do que alguns pensam que eles têm."

Viagem

O presidente Lula ressaltou também em seu programa a importância da recente viagem que fez a cinco países africanos com o objetivo de intensificar as relações políticas, comerciais e culturais com o continente.

Lula acredita que, depois de ter dedicado os dois primeiros anos de seu mandato ao fortalecimento das relações com países da América do Sul, chegou a hora de o Brasil resgatar a dívida histórica que tem com os africanos.

"O papel do Brasil é ser solidário, porque eu acho que é uma dívida que nós temos, histórica, com a África. O Brasil pode ajudá-los porque nós temos história junto com eles. Porque nós temos mais tecnologia, somos mais ricos, temos mais indústria, mais conhecimento científico. Portanto, a gente pode ajudar muito mais esses países."

Com Agência Brasil

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