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19/04/2005 - 09h25

Manchete de jornal não tira ou coloca ministro, diz Lula

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da Folha de S.Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em São Paulo, que não pode "tirar ou colocar ministro em função desta ou daquela manchete de jornal" e classificou como sendo "insinuações" as suspeitas que hoje pairam sobre o ministro da Previdência Social, Romero Jucá.

O ministro é acusado de oferecer fazendas que não existem como garantia a um empréstimo contraído por ele ao Basa (Banco da Amazônia), além de denúncias de abuso de poder econômico na eleição de 1994 e desvio de recursos públicos (relatório da Receita Federal aponta desvios de verbas à TV Caburaí, pertencente à Fundação Roraima). Foi a primeira vez que Lula se manifestou publicamente sobre o tema desde que a Folha noticiou a transação.

Lula revelou que o ministro o procurou pessoalmente para lhe dizer que havia pedido ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal para que abrissem uma investigação sobre o assunto. Jucá tem afirmado, por meio de sua assessoria de imprensa, que não era mais sócio da Frangonorte quando a companhia ofereceu as fazendas fantasmas como garantia.

"Por enquanto, tem muitas insinuações", disse Lula. "Acho que quem é político sabe o que significam insinuações [do tipo] "eu acho, eu penso", mas é preciso que haja coisas concretas, e ele (...) me procurou duas vezes para dizer que está pedindo para que o Ministério Público e a Polícia Federal apurem, o mais rapidamente possível, porque ele é o maior interessado que a verdade venha à tona."

A declaração de Lula foi feita ao lado do presidente do Chile, Ricardo Lagos. Lula disse que não costuma falar de assuntos internos quando participa de encontros internacionais porque senão a imprensa não noticia o resultado das reuniões, "e eu tenho interesse que seja noticiado". Porém respondeu à pergunta da imprensa brasileira, que também quis saber se os presidentes haviam tratado do posicionamento da Argentina a respeito das alterações na ONU. "A questão da Argentina eu pretendo discutir numa reunião com a Argentina", afirmou.

"Temos instituições que investigam, que apuram, e, por enquanto, a missão dele [de Jucá], que está cumprindo muito bem, é tentar ajudar a resolver o problema da Previdência. Precisamos garantir que todas as pessoas que têm direito à Previdência tenham o direito de receber os benefícios que ela oferece." Afirmou também que o governo está empenhado em acabar com "quadrilhas que estão montadas pelo Brasil".

"Queremos dizimá-las porque a Previdência não pode continuar com o déficit que está hoje. Se quisermos salvar a Previdência, vamos ter de tomar atitudes duras, e o ministro Romero Jucá está fazendo isso em comum acordo com o conjunto do governo."

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