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19/04/2005 - 21h08

Arcebispo de Goiânia destaca herança deixada por João Paulo 2º

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da Agência Folha

O arcebispo metropolitano de Goiânia, d. Washington Cruz, 58, mostrou-se otimista com a escolha do alemão Joseph Ratzinger para o posto máximo na hierarquia católica, destacando sua "sólida formação intelectual e vasta experiência pastoral".

"É um homem culto, que acompanhou de perto a realização do Concílio Ecumênico Vaticano 2º, nos anos 60. O novo papa tem a missão de dar continuidade à rica herança deixada pelo concílio na sucessão de João Paulo 2º, de quem esteve perto por mais de 20 anos", disse d. Washington.

Apesar de apostar numa continuidade, o arcebispo afirmou que "cada pontificado imprime na Igreja um estilo todo próprio". "A vontade de Deus insufla seu Santo Espírito em toda a Igreja para que ela continue se revigorando sempre, para que seja testemunha do ressuscitado no mundo, na realidade em que vivemos."

Questionado sobre um possível distanciamento do novo pontificado em relação aos problemas que afligem o Brasil e outros países latinos, como a pobreza, o arcebispo disse que "é impossível ficar indiferente à América Latina, o papa saberá tratar também dessas questões".

Competência

Em Nata, o arcebispo da cidade, dom Matias Patrício, 69, e o bispo auxiliar de Manaus (AM), dom Mário Pasqualotto, 66, destacaram a competência do cardeal alemão Joseph Ratzinger para a função.

"Acho uma pessoa preparada para essa tarefa. Viveu no Vaticano, seguiu o papa João Paulo 2º passo a passo", disse dom Mário. Dom Matias lembrou a passagem de Ratzinger pelo Rio de Janeiro na década de 90, a qual acompanhou, e disse se recordar do novo papa como uma pessoa "tranqüila" e "segura no que fala". "Ao mesmo tempo, me pareceu um homem feliz", afirmou.

Para ambos os religiosos, a escolha de Ratzinger não trará mudanças de rumo na Igreja Católica. "Para mim não muda nada. A igreja continua. E, como homem de fé, espero que a coisa vá continuar com o impulso que João Paulo 2º deu", disse dom Matias. Dom Mário destacou a "sintonia" de Ratzinger com o que João Paulo 2º "pensou e agiu".

O bispo auxiliar de Manaus disse ver o papa Bento 16 como "uma pessoa bastante aberta". Dom Matias preferiu não comentar o viés conservador do sucessor de João Paulo 2º. Afirmou que as pessoas têm "distinções sociológicas" e que o papa precisa, acima de tudo, ser "discípulo de Jesus Cristo".

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