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28/04/2005 - 21h04

PFL diz que Cesar Maia está em "teste" para a Presidência

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Cesar Maia será testado a partir de amanhã como candidato a presidente da República, segundo o seu partido, o PFL. O prefeito do Rio de Janeiro estará nesta sexta-feira na Assembléia Legislativa de Minas Gerais proferindo palestra sobre "Um novo modelo macroeconômico para o Brasil".

A divulgação do evento pelo PFL mineiro --que anuncia também que o prefeito estará no fim de semana em Curitiba e Porto Alegre, sem especificar o que fará --diz se tratar de um "teste", para o qual estará presente quase toda a cúpula nacional do PFL.

"A rápida excursão, que será usada como teste, permitirá que a equipe que cuida da candidatura presidencial de Cesar Maia observe sua performance e analise os efeitos da sua presença em grandes cidades", afirma e-mail do partido em Minas, cujo presidente é o ex-ministro e deputado federal Eliseu Rezende.

O evento foi provocado por um pefelista, o deputado estadual Gustavo Valadares. Ele apresentou requerimento à mesa da Assembléia Legislativa mineira, que aprovou a proposta de "reunião especial". Segundo Valadares, foram convidados vários políticos para o evento --que ele não considera ser um "teste". "Ainda é muito cedo para candidatura à Presidência", disse.

Mas a divulgação feita pelo partido tem conteúdo eminentemente político-eleitoral, a começar pelo título dado à nota: "Prefeito do Rio amplia suas chances para a Presidência em 2006".

O texto começa assim: "Para desespero do governo [Lula] --que tentou anulá-lo com a intervenção dos hospitais municipais do Rio, mas só contribuiu para projetá-lo, já que o Supremo [Tribunal Federal] lhe deu ganho de causa por unanimidade e condenou o ministro da Saúde [o petista Humberto Costa] -- o prefeito Cesar Maia teve aumentado o número de convites para viagens pelo Brasil".

A crise nos hospitais municipais do Rio, com a intervenção pelo governo federal, acelerou o embate político. O PFL já havia lançado a pré-candidatura de Maia à sucessão de Lula em 2006 quando, no início de março, ocorreu a intervenção. O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), classificou o fato como "chantagem política" feita pelo governo Lula.

O próprio prefeito ocupou o programa do PFL em rede nacional de TV para dizer que a medida tinha motivações políticas para prejudicar sua pré-candidatura, embora ele, no início, tenha concordado com a intervenção.

A intervenção foi decretada em função do caos no atendimento de saúde pública do Rio, após fracassada tentativa de negociação com o prefeito. Desgastado com a medida, Maia passou a atacar e recorreu contra a intervenção no STF, que lhe concedeu mandado de segurança devolvendo ao município a gestão de dois hospitais.

Ontem, Maia anunciou que o PFL vai agora ao STF pedir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por causa da medida e também que ele devolva aos cofres públicos os gastos que a União teve com a intervenção nos hospitais.

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