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29/04/2005
-
10h01
ANDRÉA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A Polícia Federal está pronta para resgatar os quatro policiais que foram seqüestrados por índios macuxis, na última sexta, e desde então são mantidos em cárcere privado na comunidade Flechal, localizada na terra indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima.
Em termos técnicos, há condições para deflagrar o resgate a qualquer momento. A PF, no entanto, tem buscado esgotar o diálogo, o que tem fracassado.
O seqüestro foi um protesto de macuxis da comunidade contra a decisão do governo de homologar a terra indígena Raposa/Serra do Sol de forma contínua, no último dia 16. Os rebelados querem excluir plantações de arroz da área.
"[A demarcação] é irreversível", disse ontem o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na solenidade de inauguração da nova delegacia da PF em Foz do Iguaçu (PR). Segundo Bastos, a demarcação contínua é um fato a se comemorar, após quase 30 anos de negociação. "Não será dado nenhum passo atrás. Há uma diferença muito grande entre discurso e negociações. Acredito que vamos resolver isso numa boa."
Conforme Bastos, há uma "paciência infinita" do governo e da PF para negociar a libertação dos reféns. Mas "é preciso fazer valer o Estado, a ordem" de "um Estado democrático de Direito". A PF suspeita que os índios defendem interesses de arrozeiros.
Na segunda, foi instaurado inquérito para apurar o suposto envolvimento do prefeito de Pacaraima, Paulo Cesar Quartiero (PDT), no bloqueio da BR-174, ato também contra a demarcação.
Conhecido plantador de arroz de Roraima, ele é investigado em quatro outros inquéritos federais.
Levantamento da PF revelou que, entre os cerca de 800 índios rebelados, 300 são guerreiros, têm armas e munição em quantidade ignorada e usam flechas com pontas envenenadas.
Para garantir o controle da situação, em caso de um conflito, o Exército mantém mil homens de prontidão.
A pedido do Ministério da Justiça, os militares podem ser escalados para ações de logística e apoio à segurança dos policiais que atuam na região --cerca de 250 homens.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Raposa/Serra do Sol
PF prepara resgate dos 4 reféns de índios
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A Polícia Federal está pronta para resgatar os quatro policiais que foram seqüestrados por índios macuxis, na última sexta, e desde então são mantidos em cárcere privado na comunidade Flechal, localizada na terra indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima.
Em termos técnicos, há condições para deflagrar o resgate a qualquer momento. A PF, no entanto, tem buscado esgotar o diálogo, o que tem fracassado.
O seqüestro foi um protesto de macuxis da comunidade contra a decisão do governo de homologar a terra indígena Raposa/Serra do Sol de forma contínua, no último dia 16. Os rebelados querem excluir plantações de arroz da área.
"[A demarcação] é irreversível", disse ontem o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na solenidade de inauguração da nova delegacia da PF em Foz do Iguaçu (PR). Segundo Bastos, a demarcação contínua é um fato a se comemorar, após quase 30 anos de negociação. "Não será dado nenhum passo atrás. Há uma diferença muito grande entre discurso e negociações. Acredito que vamos resolver isso numa boa."
Conforme Bastos, há uma "paciência infinita" do governo e da PF para negociar a libertação dos reféns. Mas "é preciso fazer valer o Estado, a ordem" de "um Estado democrático de Direito". A PF suspeita que os índios defendem interesses de arrozeiros.
Na segunda, foi instaurado inquérito para apurar o suposto envolvimento do prefeito de Pacaraima, Paulo Cesar Quartiero (PDT), no bloqueio da BR-174, ato também contra a demarcação.
Conhecido plantador de arroz de Roraima, ele é investigado em quatro outros inquéritos federais.
Levantamento da PF revelou que, entre os cerca de 800 índios rebelados, 300 são guerreiros, têm armas e munição em quantidade ignorada e usam flechas com pontas envenenadas.
Para garantir o controle da situação, em caso de um conflito, o Exército mantém mil homens de prontidão.
A pedido do Ministério da Justiça, os militares podem ser escalados para ações de logística e apoio à segurança dos policiais que atuam na região --cerca de 250 homens.
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