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01/05/2005
-
15h32
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), foi recebido com vaias pelo público que participa neste domingo da festa do Dia do Trabalho da Força Sindical, na praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esperado no evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), na avenida Paulista, descartou a festa. "Existem muitas festas de 1º de Maio em todo o país. Não dá para ir a todas."
Ao tentar discursar para um público de cerca de 1 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar, Severino foi recebido com vaias e gestos com os dedos.
Ignorando as vaias, Severino criticou as medidas provisórias 232 e 242, que propunham aumento de impostos para prestadores de serviços e alterações na concessão do auxílio-doença, respectivamente. "Uma nova vida para esse povo. Acabamos com a MP 232 e agora vamos acabar com esse projeto que é uma agressão ainda maior aos trabalhadores, que é a MP 242", disse o presidente da Câmara, em meio às vaias. "Faço um apelo ao presidente: não faça o povo sofrer. Precisamos da sua ajuda para a acabar com a 242."
Ao sair do palco, Severino disse que não foi vaiado. Segundo ele, as vaias foram dirigidas ao governo Lula.
"Isso acontece [ser vaiado], é ocasional, faz parte. Em vida pública, o nome já diz: é pública. Faz parte, é natural. Ele é extremamente experiente", disse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Alckmin foi o próximo a falar, depois de Severino. Num discurso mais ameno, ele procurou interagir com o público. "Quem quer música?", perguntou ele para os participantes da festa. Em seguida, ele aproveitou para fazer uma breve crítica à política econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "O povo não agüenta mais essa mesmice de combater inflação com juro alto."
O presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que boa parte do público vai à festa só para assistir aos shows musicais. "As únicas pessoas que podem ficar aqui e falar muito tempo sem ser vaiada são o dom Cláudio [Hummes, arcebispo de São Paulo] e eu. O dom Cláudio as pessoas não vaiam porque têm medo de não ir para o céu. Já eu, as pessoas têm medo de não fazer outro show."
Ele defendeu a atuação de Severino na Câmara. "O Severino é uma pessoa que tem moralizado o Congresso Nacional."
Paulinho aproveitou para criticar as mudanças no auxílio-doença, propostas pela MP 242. "Lula não tem um dedo da mão. Ele perdeu esse dedo numa máquina. Como é que ele pode agora fazer essa MP que penaliza o trabalhador acidentado?"
Reforma sindical
Severino disse que a reforma sindical tem que ser feita. Segundo ele, o texto da reforma será colocado em votação no Congresso.
O presidente da Câmara afirmou que ainda não está definido o nome do relator do projeto. "Dei [a relatoria] para o [Luiz Antonio] Medeiros [PL-SP] e ele passou para o Vicentinho [Paulo da Silva, deputado federal do PT-SP]. O problema é deles agora."
Ao comentar as declarações do presidente Lula, Severino negou que sua vitória para a presidência da Câmara tenha sido uma derrota do presidente. "Foi uma derrota do PT."
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da Folha Online
O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), foi recebido com vaias pelo público que participa neste domingo da festa do Dia do Trabalho da Força Sindical, na praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esperado no evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), na avenida Paulista, descartou a festa. "Existem muitas festas de 1º de Maio em todo o país. Não dá para ir a todas."
Ao tentar discursar para um público de cerca de 1 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar, Severino foi recebido com vaias e gestos com os dedos.
Ignorando as vaias, Severino criticou as medidas provisórias 232 e 242, que propunham aumento de impostos para prestadores de serviços e alterações na concessão do auxílio-doença, respectivamente. "Uma nova vida para esse povo. Acabamos com a MP 232 e agora vamos acabar com esse projeto que é uma agressão ainda maior aos trabalhadores, que é a MP 242", disse o presidente da Câmara, em meio às vaias. "Faço um apelo ao presidente: não faça o povo sofrer. Precisamos da sua ajuda para a acabar com a 242."
Ao sair do palco, Severino disse que não foi vaiado. Segundo ele, as vaias foram dirigidas ao governo Lula.
"Isso acontece [ser vaiado], é ocasional, faz parte. Em vida pública, o nome já diz: é pública. Faz parte, é natural. Ele é extremamente experiente", disse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Alckmin foi o próximo a falar, depois de Severino. Num discurso mais ameno, ele procurou interagir com o público. "Quem quer música?", perguntou ele para os participantes da festa. Em seguida, ele aproveitou para fazer uma breve crítica à política econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "O povo não agüenta mais essa mesmice de combater inflação com juro alto."
O presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que boa parte do público vai à festa só para assistir aos shows musicais. "As únicas pessoas que podem ficar aqui e falar muito tempo sem ser vaiada são o dom Cláudio [Hummes, arcebispo de São Paulo] e eu. O dom Cláudio as pessoas não vaiam porque têm medo de não ir para o céu. Já eu, as pessoas têm medo de não fazer outro show."
Ele defendeu a atuação de Severino na Câmara. "O Severino é uma pessoa que tem moralizado o Congresso Nacional."
Paulinho aproveitou para criticar as mudanças no auxílio-doença, propostas pela MP 242. "Lula não tem um dedo da mão. Ele perdeu esse dedo numa máquina. Como é que ele pode agora fazer essa MP que penaliza o trabalhador acidentado?"
Reforma sindical
Severino disse que a reforma sindical tem que ser feita. Segundo ele, o texto da reforma será colocado em votação no Congresso.
O presidente da Câmara afirmou que ainda não está definido o nome do relator do projeto. "Dei [a relatoria] para o [Luiz Antonio] Medeiros [PL-SP] e ele passou para o Vicentinho [Paulo da Silva, deputado federal do PT-SP]. O problema é deles agora."
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