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01/05/2005
-
16h40
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A festa de 1º de Maio promovida pela Força Sindical na praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo, foi palco de duras críticas contra o presidente Lula e sua política econômica. Sindicalistas e autoridades políticas criticaram os juros altos, a tributação elevada e a tentativa de dificultar a concessão do auxílio-doença por meio da medida provisória 242.
"Ele [Lula] saiu do nosso meio [sindical] e hoje só temos a lamentar a política econômica, o aumento do salário mínimo, a situação do desemprego que aumenta e do salário, que está em baixa. É uma vergonha isso ocorrer no mandato de um presidente sindicalista. Faço isso com dor no coração, pois apoiei ele no segundo turno [das eleições presidenciais de 2002]", disse Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou a política econômica do governo Lula. "Não dá mais para tentar combater inflação com juro alta. A sociedade não agüenta mais."
O presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, pediu redução dos impostos. "Chega de impostos", disse ele para a platéia do show, estimada em 1 milhão de pessoas pela Polícia Militar.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), criticou a medida provisória 242, que altera as regras de concessão do auxílio-doença. "Acabamos com a [medida provisória] 232 e agora vamos acabar com a 242", disse ele. A MP 232 tentava elevar impostos para prestadores de serviços. Após ser duramente criticada pela sociedade, o governo teve de recuar a alterar a MP 232.
Paulinho aproveitou as críticas à MP 242 para lembrar que o presidente Lula já foi vítima de um acidente de trabalho. "Lula não tem um dedo da mão. Ele perdeu esse dedo numa máquina. Como é que ele pode agora fazer essa MP que prejudica o trabalhador acidentado?"
Para Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, o governo Lula está decepcionando os trabalhadores. "Apostamos nesse governo de esquerda. Mas agora eles estão fazendo a mesma coisa que todos os outros."
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno José Bezerra, pediu menos impostos. "O governo precisa reduzir os impostos e investir mais em educação e cursos profissionalizantes."
Paulinho, da Força, também criticou a elevação do salário mínimo, que subiu de R$ 260 para R$ 300 a partir de hoje. "Com esse aumento, o trabalhador passa a receber R$ 10 por dia. Cadê a promessa do governo Lula de dobrar o salário mínimo?"
O sindicalista também pediu redução dos juros para beneficiar o consumidor. "O consumidor que compra um produto no crediário vai estar pagando três vezes pelo mesmo item. Não dá mais."
Embalados por gritos de ordem, os sindicalistas defenderam mais emprego e menos impostos durante o show. "Emprego sim, demissão não! Distribuição de renda sim, desemprego não", disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força.
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Festa da Força vira palco de críticas contra Lula
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da Folha Online
A festa de 1º de Maio promovida pela Força Sindical na praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo, foi palco de duras críticas contra o presidente Lula e sua política econômica. Sindicalistas e autoridades políticas criticaram os juros altos, a tributação elevada e a tentativa de dificultar a concessão do auxílio-doença por meio da medida provisória 242.
"Ele [Lula] saiu do nosso meio [sindical] e hoje só temos a lamentar a política econômica, o aumento do salário mínimo, a situação do desemprego que aumenta e do salário, que está em baixa. É uma vergonha isso ocorrer no mandato de um presidente sindicalista. Faço isso com dor no coração, pois apoiei ele no segundo turno [das eleições presidenciais de 2002]", disse Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou a política econômica do governo Lula. "Não dá mais para tentar combater inflação com juro alta. A sociedade não agüenta mais."
O presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, pediu redução dos impostos. "Chega de impostos", disse ele para a platéia do show, estimada em 1 milhão de pessoas pela Polícia Militar.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), criticou a medida provisória 242, que altera as regras de concessão do auxílio-doença. "Acabamos com a [medida provisória] 232 e agora vamos acabar com a 242", disse ele. A MP 232 tentava elevar impostos para prestadores de serviços. Após ser duramente criticada pela sociedade, o governo teve de recuar a alterar a MP 232.
Paulinho aproveitou as críticas à MP 242 para lembrar que o presidente Lula já foi vítima de um acidente de trabalho. "Lula não tem um dedo da mão. Ele perdeu esse dedo numa máquina. Como é que ele pode agora fazer essa MP que prejudica o trabalhador acidentado?"
Para Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, o governo Lula está decepcionando os trabalhadores. "Apostamos nesse governo de esquerda. Mas agora eles estão fazendo a mesma coisa que todos os outros."
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno José Bezerra, pediu menos impostos. "O governo precisa reduzir os impostos e investir mais em educação e cursos profissionalizantes."
Paulinho, da Força, também criticou a elevação do salário mínimo, que subiu de R$ 260 para R$ 300 a partir de hoje. "Com esse aumento, o trabalhador passa a receber R$ 10 por dia. Cadê a promessa do governo Lula de dobrar o salário mínimo?"
O sindicalista também pediu redução dos juros para beneficiar o consumidor. "O consumidor que compra um produto no crediário vai estar pagando três vezes pelo mesmo item. Não dá mais."
Embalados por gritos de ordem, os sindicalistas defenderam mais emprego e menos impostos durante o show. "Emprego sim, demissão não! Distribuição de renda sim, desemprego não", disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força.
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