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02/05/2005
-
20h45
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
Contrariados com a ausência de resposta do governo brasileiro à carta enviada na semana passada sobre a Cúpula dos Países Árabes e da América Latina nos dias 10 e 11 de maio, em Brasília, os dirigentes do Centro Simon Wiesenthal resolveram nesta segunda-feira mandá-la também para os chanceleres dos outros países participantes.
A Folha teve acesso à carta endereçada ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e à enviada ontem aos demais chanceleres.
Na carta, a ONG internacional, dedicada a combater o anti-semitismo e discriminação em geral, manifesta-se preocupada e ''inquieta'' quanto à possibilidade de o texto final do encontro ser ambíguo em seu conteúdo e dar margem a interpretações que justifiquem o terrorismo.
Consultado a respeito pela Folha, o Itamaraty respondeu que mantém relações estreitas com Israel, não havendo por que temer a cúpula, e que a maior prova disso é a viagem a ser feita por Amorim 17 dias após o encontro, especialmente a Israel.
Na carta, o CSW ''inquietude em relação à possibilidade de que a linguagem do documento final do encontro seja suficientemente ambíguo para filtrar um aval tácito às atividades de grupos terroristas''.
E continua: ''Nesse sentido, soubemos que, dentro do rascunho de trabalho da declaração da cúpula, propõe-se 'definir o crime terrorista e diferenciá-lo do direito legítimo dos povos a resistir à ocupação estrangeira para conseguir a independência nacional', uma retórica utilizada com freqüência para justificar os ataques terroristas em qualquer lugar do mundo.''
O CSW diz ter formulado, em julho de 2004, pedido aos chanceleres da região para considerar o terrorismo suicida um ''crime contra a humanidade''.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Cúpula dos Países Árabes
ONG judaica reclama de cúpula com árabes a países sul-americanos
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da Agência Folha, em Porto Alegre
Contrariados com a ausência de resposta do governo brasileiro à carta enviada na semana passada sobre a Cúpula dos Países Árabes e da América Latina nos dias 10 e 11 de maio, em Brasília, os dirigentes do Centro Simon Wiesenthal resolveram nesta segunda-feira mandá-la também para os chanceleres dos outros países participantes.
A Folha teve acesso à carta endereçada ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e à enviada ontem aos demais chanceleres.
Na carta, a ONG internacional, dedicada a combater o anti-semitismo e discriminação em geral, manifesta-se preocupada e ''inquieta'' quanto à possibilidade de o texto final do encontro ser ambíguo em seu conteúdo e dar margem a interpretações que justifiquem o terrorismo.
Consultado a respeito pela Folha, o Itamaraty respondeu que mantém relações estreitas com Israel, não havendo por que temer a cúpula, e que a maior prova disso é a viagem a ser feita por Amorim 17 dias após o encontro, especialmente a Israel.
Na carta, o CSW ''inquietude em relação à possibilidade de que a linguagem do documento final do encontro seja suficientemente ambíguo para filtrar um aval tácito às atividades de grupos terroristas''.
E continua: ''Nesse sentido, soubemos que, dentro do rascunho de trabalho da declaração da cúpula, propõe-se 'definir o crime terrorista e diferenciá-lo do direito legítimo dos povos a resistir à ocupação estrangeira para conseguir a independência nacional', uma retórica utilizada com freqüência para justificar os ataques terroristas em qualquer lugar do mundo.''
O CSW diz ter formulado, em julho de 2004, pedido aos chanceleres da região para considerar o terrorismo suicida um ''crime contra a humanidade''.
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