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03/05/2005 - 09h21

Eleição não determina economia, diz Lula

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da Folha de S.Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, durante as comemorações de cinco anos do jornal "Valor Econômico", que a política econômica do governo não será ditada pelas eleições do ano que vem. Ele lembrou que no ano passado, 15 dias antes da eleição municipal, o governo aumentou os juros básicos da economia.

"Muitos no jornal "Valor" escreveram a favor da determinação do governo de não permitir que a eleição municipal ou a futura eleição presidencial determinasse a gastança deste país, a política de juros deste país", disse Lula.

"Vocês estão lembrados que a 15 dias da eleição para a Prefeitura de São Paulo nós aumentamos os juros", afirmou. "Coisa que não é habitual fazer no Brasil. No Brasil geralmente as pessoas esticam a corda, esticam a corda até passar as eleições. Passou as eleições, solta a corda e fique quem quiser com o prejuízo", disse Lula.

"A experiência sempre rebenta no mais fraco. Foi assim no Plano Cruzado, com a necessidade da desvalorização cambial", relembrou o presidente, em discurso no prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São paulo), onde se realizou a cerimônia.

O ato realizado em comemoração aos cinco anos do "Valor Econômico" reuniu cerca de 500 empresários e seis ministros --José Dirceu (Casa Civil), Antonio Palocci (Fazenda), Dilma Roussef (Minas e Energia), Marcio Thomaz Bastos (Justiça), Roberto Rodrigues (Agricultura), Eunício Oliveira (Comunicações), além do presidente do BNDES, Guido Mantega.

Lula aproveitou o aniversário de cinco anos do "Valor" para afirmar que "o país está mudando de forma definitiva". Citou a data da fundação do jornal, em 2000, para fazer uma comparação da evolução de seu governo.

"Se vocês são daqueles que guardam jornais antigos, é preciso fazer uma comparação do "Valor" de cinco anos atrás e o de hoje, não apenas para que a gente possa medir a evolução da qualidade editorial, mas dos números da economia brasileira", afirmou.

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que "o governo tem sensibilidade para os reclamos da sociedade" e disse que "sem estabilidade social não haverá estabilidade econômica no país".

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse que o Banco Central "continua a atuar para coibir eventuais riscos de pressão inflacionária", e avaliou que o país "reconquistou credibilidade externa e interna".

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